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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

VIRÁ QUE EU VI

Assim como o canto de Caetano Veloso anunciou para o futuro a chegada de um índio descendo de uma estrela colorida e brilhante, assim também virá o cantor dos Timbiras que já espalhou pelos quatro cantos do planeta “a minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá”, os versos mais conhecidos da língua portuguesa.
A luz poética virá das estrelas, fará um mergulho em águas maranhenses e subirá num jato de água e de luz, formando um arco-íris que o envolverá ao redor, projetando uma luz iluminando os caminhos de seus homenageados que já foram a maioria da população brasileira, agora dizimados para dar lugar à cobiça dos exploradores.
Cantor da natureza, o espírito dos pássaros o acompanhará alegrando toda a fauna brasileira em gorjeios e cantos sutis, a floresta que ainda resta despertará em seu espírito central, onde se concentra as divindades que protegem os descendentes do povo africano e são referenciados no carnaval: Oxumaré, Ogum, Iansã, Iemanjá, a rainha do mar.
Quem tiver alinhando na consciência do amor verá um novo tempo que já surgiu, cantado pelo cantor dos Timbiras, nada de exótico, apenas o óbvio que não precisa de explicação, mas que repetimos aos retardatários do caminho os quatro pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria.
Um índio, canção de Caetano, pode ser o cantor dos Timbiras que teve as águas como repouso de suas lutas por um mundo melhor e ressurgido no cântico da mídia que faz ecoar a voz de quem “virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi, apaixonadamente como Peri, virá que eu vi.”
O homem símbolo dos esportes nos Estados Unidos e a paixão de Peri por sua amada vieram na lembrança da canção e pensamos no amor do cantor dos Timbiras que ele mesmo nos diz:
“Celeste emanação, gratos eflúvios
Das roseiras do céu; bater macio
Das asas auribrancas dalgum anjo,
Que roça em noite amiga a nossa esfera”.
Depois ele foi se encantar em águas maranhenses e ressurgir como ressurgem os bem-aventurados na própria luz que o fez resplandecer em corpos sutis aos mundos felizes onde ele colocou o pensamento antes mesmo de partir, volta na evocação sublime do seu canto.
Enquanto ainda não está extinta a última nação indígena, podemos ver que apenas 0,3% da população brasileira é constituída de índios, a menor parcela étnica do Brasil. Na consciência planetária dissociada está inserida a separatividade, assim fica difícil os poderes públicos proteger as minorias, embora haja muito coisa escrita no papel.
A transição planetária é a realidade que vem nos sinais do céu, a onda galáctica cobrindo o nosso sistema solar, observada pelos cientistas como os raios adamantinos ou raios-gama vindo sutilmente das Plêiades.
Sabemos que existe a presença em nosso planeta de observadores do caminho em que a Terra, como hotel planetário, ganhará mais uma estrela. São os arcturianos, venusianos, vegalianos e outros também importantes, como é sabido por milhões e milhões de pessoas. A luz que eles projetam ilumina Gaia, sem perder de vista que a luz crística é a maior de todas. Gaia também é nome do samba-enredo da Escola de Samba do Salgueiro, a nossa preferida para o carnaval de 2014.
O paradigma social terrestre está mudando porque está havendo a separação do joio e do trigo, há dois mil anos anunciados para os tempos que iriam chegar e já chegaram, assim como diz a canção Um Índio, de Caetano: “virá que eu vi”.

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