A Astronomia é
um dos setores da ciência que mais vem alcançando destaque na mídia. Sempre há
narrativas sobre os sinais do céu.
Aqui no Brasil
a passagem de um cometa nos idos de 1843 foi descrita por A.F. Dutra e Mello,
assunto comentado na obra BANCO DO BRASIL – LISBOA SERRA, POETA, TRIBUNO E
PRESIDENTE, de Fernando Pinheiro:
Oh! Quem diz
que um tal astro não possa ser
Anjo do sistema
que passeia,
Visitando os
domínios que dirige?
Quem diz que
será cárcere errante,
Cheio d’almas
de réprobos d’hum mundo,
Vivo, morto, e
julgado antes do nosso?
Ninguém,
certo, ninguém. Tais conjecturas
São como
outras quaisquer soltas ao vento.” (2)
(2) A. F.
DUTRA E MELLO – in Revista Minerva Brasiliense, n° 20, de 15 de agosto de 1844,
vol. II, p. 624 e 625 – Acervo: Instituto Histórico Geográfico Brasileiro.
As
elucubrações, que o poema O Cometa de 1843 sugere, são válidas dentro de uma
percepção sonhadora e feliz. Sim, há cárceres errantes, como a Terra que está
sofrendo os últimos tempos de confinamento e libertando-se na ascensão da
consciência planetária unificada onde o dualismo humano desaparecerá.
Revelações
metafísicas contemplam as perguntas do poeta, confirmadas posteriormente por
Carl Jung no inconsciente coletivo. A psicofera dos planetas viajam mundos
afora levando as vibrações mentais de seus habitantes. Estrelas são mundos de
luz, onde o homem, um dia, na evolução divina que se estende na alvorada dos
milênios, chegará revestido da mesma substância que as envolvem.
É oportuno
revelar que a Astronomia clássica tem por evangelho a teoria de que os quasares
– núcleos luminosos de galáxias muito distantes – possuem luminosidade superior
a um bilhão de vez maior que a do Sol.
Na Via Láctea
existem mais de cem bilhões de sóis. Em bilhões e bilhões de galáxias, quantos
sóis existiriam? Isto nos leva a afirmar que o Universo é luz.
Na descoberta
de luas e sóis, galáxias e nebulosas, poeiras luminosas que irradiam a beleza,
o mundo dos poetas, revelando os sonhos, mostra a realidade tecida em túnica
inconsútil.
Luas
cor–de–prata, luas alaranjadas, luas azuladas, luas das cores do pôr–do–sol,
luas vestidas de arco–íris, luas cor–de–mel, luas de cores e nuances, que
lembram a luminosidade do olhar de cada mulher, viajam em órbitas que o homem
ainda não conhece.
As teorias
existentes sobre a formação do Universo ainda se debatem, umas contra as
outras, simplesmente porque algumas correntes científicas não podem definir
como finito o tempo e o espaço. Os mundos nascem, crescem, envelhecem,
contraem-se, explodem e renascem, numa incessante transformação.
A ideia de que
o Universo teria surgido há 15 bilhões de anos, numa grande explosão, define a
morte das estrelas implodidas, os buracos negros. As hipóteses permanecem ainda
em aberto porque estão surgindo a descoberta de novas muralhas de quasares.
Há pouco
tempo, conhecíamos apenas a Via-Láctea, onde o nosso sistema solar está
inserido, e a vizinha Andrômeda. Nos idos de 1996, o Telescópio Espacial Hubble
capturou imagens de campo profundo revelando a existência de 3.000 galáxias
anteriormente desconhecidas.
Em 14/11/2013,
a Revista G1 Ciência e Saúde mostrou a fotografia da colisão das galáxias
Antennae revelada pela NASA.
A Globo News -
edição 14/11/2013 – revela que, segundo o Observatório Kepler, lançado em 2009,
atualmente desativado, em nossa Galáxia existem cerca de 200 bilhões de
estrelas.
Voltando ao
nosso minúsculo ponto, a Terra sofre influência da reversão dos polos do Sol
que está ocorrendo com explosões e chuvas solares e a Lua, que recebe a luz do
Sol, apresenta uma auréola de luzes num círculo bem extenso, observado em
muitas partes do Globo.
Ao nosso ver,
a Lua está ficando encantada, ela que tanto nos encantou em prosa e verso. Leia
a crônica A DANÇA DA LUA, inspirada no samba-enredo da Escola de Samba Estácio
de Sá, carnaval de 1993, no blog Fernando Pinheiro, escritor.
www.fernandopinheirobb.com.br
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