A cena é
ambientada na casa dos pais de Linda quando começa a falar a palavra socorro e
tudo fica mergulhado na expectativa e, a seguir, dá ao início de seu desafogo
comovente que durou quase sete minutos: "vocês não sabem o que eu sou. A
vida toda. Presa. Presa dentro do meu corpo. Presa. É como se tivesse uma
parede, parede de vidro entre eu e vocês. Parede de vidro.”
A voz de Linda
(Bruna Linzmeyer) deslinda os enigmas do caminhar. Ela estava confinada nessa
parede que a separava do mundo, nos arcanos mitológicos gregos, ela saiu da
caverna de Platão e, na superfície da terra, viu o sol, conquistou a liberdade.
Mas, ela atribuiu ao Rafael (Rainer Cadete) esse despertar.
Antes havia um
desnível de vibrações emitidas e vibrações sentidas entre ela e seus
familiares, com a chegada de Rafael essas vibrações passaram a fluir no mesmo
nível de igualdade. Nesse entendimento, já é possível estabelecer aqui a
presença do amor. Linda se dirigiu aos pais e pede que o Rafael não seja mais
mandado embora. E a família (pai, mãe, irmão) compreende a situação e pede
desculpas a ela.
Este foi o
ápice da mídia ao revelar o amor não mais ligado a esfera de uma simples emoção
de casais ou a laços consanguineos, quebrou-se a camada de conceitos que a
humanidade terrestre vem adotando há eons de milhares de anos, divulgando o
amor condicional que aprisiona e reflete sempre, após os encantos da primeira
hora, os desencantos que levam ao sofrimento e dor.
As definições
estreitas do amor que os livros, filmes, jornais e revistas divulgam são
aceitas pela sociedade que acolhe como verdadeiras, mas no íntimo todos tem o
direito de revelar o que é o amor, como fez Linda.
Dentro da
consciência fragmentada em que o planeta Terra vive, transitoriamente, o amor
atua nesse campo em que a separatividade e a dualidade têm os seus domínios de
espaço, resultando sempre as uniões de casal e de familiares desfeitas. Uma
pessoa amorosa, nessa consciência fragmentada, é vista por aqueles que não a
entendem como fácil de ser usada e manipulada.
O amor não é
domínio ou cerceamento, ao contrato é o elemento libertador. As pessoas têm o
direito de despertar o seu poder interior e não permitir a manipulação que as
escraviza. A manada é controlada pela matrix tanto aqui como do outro lado da
matrix, isto presenciamos em sonhos.
Vale salientar
que não estamos estimulando o namoro entre pessoas que são portadoras de
autismo ou mesmo entre pessoas não autistas porque dentro da consciência trina
em o que planeta vive o amor é sempre condicional, vivência em que estão 6
bilhões de habitantes e apenas 1 bilhão que vive o amor incondicional.
Assim sendo, é
compreensível a atitude anterior da família de Linda em não quer que ela
namorasse, pois o celibato saudável a protegia contra esses desencontros
daqueles que pensam que o amor é só isso que eles pensam, aliás as mulheres são
bem inteligentes quando dizem que "os homens só pensam naquilo."
Na relação de
casal em que há desentendimento, provocado sempre por crítica e julgamento, a
separação surge como postura de viver mais adequada e, nessa circunstância que
arrasta a solidão e a saudade, vem eclodir lembranças que definem sentimentos
de culpa, o grande vetor que engendra a depressão, a doença que mais cresce no
mundo.
As pessoas têm
que se valorizar e se honrar, inclusive no corpo físico que não deve acolher
emanações psíquicas deletérias, mas o que se vê é apenas a preocupação de usar
a camisinha.
O celibato
saudável tem grandes benefícios, principalmente porque é um encontro consigo
mesmo, uma oportunidade de escolha de caminhos, aqueles que a mídia diz ser o
amor, ou o amor visto na consciência unificada em que a Terra está alcançando
em ascensão vibracional em número sempre crescente, pois vemos a luz crescer no
planeta.
O nosso
caminhar é alcançar, hoje ou no decorrer dos evos, a multidimensionalidade, a
característica dos seres que habitam Arturius, Sirius, Vênus e demais mundos
felizes espalhados em nossa Via-Láctea.
O amor de
Rafael, reconhecido por Linda e depois pelos demais entes da família, veio nas
ondas mentais que viajam de dia e até de noite, quando dormimos, revelando
encontros nos sonhos. Naturalmente, esse romance de amor foi alimentado nessa
atmosfera onde não há interferência humana, desde que o nosso ser profundo se
manifeste.
A parede de
vidro é um símbolo que atesta a realidade dos amores que não se encontram
intimamente, a nível de interiorização de alma, pois sem isto todo o pegar de
corpos físicos tende a ser desfeito até por um motivo banal que vem a ser a
gota d´água.
Sentimos uma
luz projetada ao mundo na voz de Linda que a novela Amor à Vida, da TV Globo
exibiu, no horário das 9 da noite, em 23 de janeiro de 2014. Os demais
personagens terão que aprender muito com a Linda que nada tem de distúrbio
mental, as aparências vão enganando quem não quer aprender consigo mesmo.
Assim como
acontece entre os radialistas de jogos de futebol, perguntando entre eles, quem
é o craque do jogo, apresentamos nesse interrogar que a personagem Linda (Bruna
Linzmeyer) é a nossa favorita da novela de autoria de Walcyr Carrasco em que
revela que foi inspirado na autista Carly Fleischmann.
Nenhum comentário:
Postar um comentário