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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

CAMINHAR JUNTOS

A vida de casal, nesta densa dimensão planetária, é uma prisão, resultando sempre na separação, pois a separatividade é característica da consciência planetária dissociada que faz separar não apenas os casais, mas todos os grupos sociais que se reúnem, nisto está incluído também a competitividade.
Os casais, que se afastam dessa consciência planetária, transcendo-a a dimensão unificada, passam a caminhar juntos e não mais em rivais disputas que sempre os afastam do convívio comum. Há um jogo de interesses quando se envolvem em dinheiro, sexo e status social, que sempre os aprisionam por ser dependência. O certo seria que ambos fossem independentes em todos os sentidos que abrangessem todas as áreas da sociabilidade.
O príncipe encantado, estilo de conduta nas novelas e na vida prática, é ainda a referência para quem está nessa dependência que, consciente ou inconsciente, coloca uma redoma para aprisionar-se, mas não é visto nesse sentido porque o ego fala mais alto e o importante são as necessidades atendidas não importando como são realizadas.
A independência surge quando um dos parceiros resolve procurar a liberdade financeira ou emocional, dentro de um emprego ou na pensão que irá receber dentro do processo da separação judicial, uma vez conquistada parte para o processo da libertação, pois não há liberdade, aqui na Terra, sem libertação.
O ego que oscila entre o bem e mal, o certo e o errado e outras expressões correlatas do dualismo humano, oscila para a extremidade que lhe apraz e faz despertar o desejo de ser livre para viver uma nova vida, sem a presença de quem a colocou, porque assim quis, numa redoma aprisionante.
O casal entra em conflito: ele ainda persiste dentro da posse que a dependência dela lhe traz perto dele e ela não aceita mais essa dependência pela possibilidade de ser livre, emancipando-se por recursos próprios, no trabalho ou por herança familiar ou de terceiros ou mesmo por dinheiro advindo de pensão que a separação judicial pode lhe conceder.
Como em toda situação nova, o importante é a introspeção para observar seus limites, suas forças e suas possibilidades que devem ser conduzidas no caminhar com leveza, sem atropelos e ressentimentos. O passado fica arquivado e não queiramos saber onde está o arquivo.
O ombro amigo, o elogio de consideração pelo que fazemos é sempre secundário, o que deve prevalecer em primazia é o que realmente pensamos e possibilita a nossa escolha, livremente. Se estivermos na camada densa em que o ego tem o seu reino, há sempre o perigo de estarmos na oscilação do que chamam de bem e o que chamam de mal, nesse dualismo comum ainda entre os homens.
Dentro do sono, onde o nosso ser profundo vive e pode ser sentido nos momentos de calmaria, podemos sonhar com a realidade que nos envolve, despertando-nos a seguir o caminho que nos conduzirá a liberdade, não mais condicionada a nenhuma dependência, inclusive ideológica e os conceitos sociais que estão se transformando.
Em tempos não muito remotos, a mulher separada era considerada de pouco valor, hoje a valorização da mulher ganha espaços até mesmo nos recintos em que a sociedade pouco valoriza por uma questão de separatividade provocada por preconceitos.
Alcançada a liberdade, não mais condicionada, a mulher será realmente feliz numa felicidade que estenderá seus raios numa luminosidade interna que conecta com os mundos felizes, fora do planeta Terra. Tudo é possível para aquele que crê, é o dito popular que vem dos escritos sagrados.


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