A vida de
casal, nesta densa dimensão planetária, é uma prisão, resultando sempre na
separação, pois a separatividade é característica da consciência planetária
dissociada que faz separar não apenas os casais, mas todos os grupos sociais
que se reúnem, nisto está incluído também a competitividade.
Os casais, que
se afastam dessa consciência planetária, transcendo-a a dimensão unificada,
passam a caminhar juntos e não mais em rivais disputas que sempre os afastam do
convívio comum. Há um jogo de interesses quando se envolvem em dinheiro, sexo e
status social, que sempre os aprisionam por ser dependência. O certo seria que
ambos fossem independentes em todos os sentidos que abrangessem todas as áreas
da sociabilidade.
O príncipe
encantado, estilo de conduta nas novelas e na vida prática, é ainda a
referência para quem está nessa dependência que, consciente ou inconsciente,
coloca uma redoma para aprisionar-se, mas não é visto nesse sentido porque o
ego fala mais alto e o importante são as necessidades atendidas não importando
como são realizadas.
A
independência surge quando um dos parceiros resolve procurar a liberdade
financeira ou emocional, dentro de um emprego ou na pensão que irá receber
dentro do processo da separação judicial, uma vez conquistada parte para o
processo da libertação, pois não há liberdade, aqui na Terra, sem libertação.
O ego que
oscila entre o bem e mal, o certo e o errado e outras expressões correlatas do
dualismo humano, oscila para a extremidade que lhe apraz e faz despertar o
desejo de ser livre para viver uma nova vida, sem a presença de quem a colocou,
porque assim quis, numa redoma aprisionante.
O casal entra
em conflito: ele ainda persiste dentro da posse que a dependência dela lhe traz
perto dele e ela não aceita mais essa dependência pela possibilidade de ser
livre, emancipando-se por recursos próprios, no trabalho ou por herança
familiar ou de terceiros ou mesmo por dinheiro advindo de pensão que a
separação judicial pode lhe conceder.
Como em toda
situação nova, o importante é a introspeção para observar seus limites, suas
forças e suas possibilidades que devem ser conduzidas no caminhar com leveza,
sem atropelos e ressentimentos. O passado fica arquivado e não queiramos saber
onde está o arquivo.
O ombro amigo,
o elogio de consideração pelo que fazemos é sempre secundário, o que deve
prevalecer em primazia é o que realmente pensamos e possibilita a nossa
escolha, livremente. Se estivermos na camada densa em que o ego tem o seu
reino, há sempre o perigo de estarmos na oscilação do que chamam de bem e o que
chamam de mal, nesse dualismo comum ainda entre os homens.
Dentro do
sono, onde o nosso ser profundo vive e pode ser sentido nos momentos de
calmaria, podemos sonhar com a realidade que nos envolve, despertando-nos a
seguir o caminho que nos conduzirá a liberdade, não mais condicionada a nenhuma
dependência, inclusive ideológica e os conceitos sociais que estão se
transformando.
Em tempos não
muito remotos, a mulher separada era considerada de pouco valor, hoje a
valorização da mulher ganha espaços até mesmo nos recintos em que a sociedade
pouco valoriza por uma questão de separatividade provocada por preconceitos.
Alcançada a
liberdade, não mais condicionada, a mulher será realmente feliz numa felicidade
que estenderá seus raios numa luminosidade interna que conecta com os mundos
felizes, fora do planeta Terra. Tudo é possível para aquele que crê, é o dito
popular que vem dos escritos sagrados.
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