O nosso
raio de ação está na esfera das circunstâncias favoráveis, assim sendo temos o
nosso limite que engloba as nossas possibilidades de conquista.
Cada um com o seu tapete, expressão
que vem da Turquia, denota no aspecto místico que cada um tem que carregar a
sua cruz. É claro que a ajuda se faz presente em toda solicitação recebida, no
entanto é imprescindível observar o caminhar dos entes amados com os próprios
pés.
Há casos de mães que, no linguajar
popular, se casaram com os filhos, mesmo que os filhos sejam casados com as
suas esposas. Nesse caso, uma dependência que não os liberta.
Quando eles saem de suas casas para
construir o próprio lar na condição de esposo, há uma ruptura dessa dependência
mútua que os faziam ligados ao lar materno. É natural que assim seja, pois os
filhos pertencem ao mundo e não exclusivamente aos pais.
O sentimento de perda, que se origina
da ruptura de uma relação que vinha sendo exercida anteriormente, abala as
estruturas emocionais de quem ainda se prende. Isto se estende a todos os
setores da vida humana, principalmente quando da perda de entes amados ou de
cargos ou ainda de aposentadoria compulsória ou por tempo de serviço.
Manter-se ligado à circunstância
anterior é manter-se no sofrimento. Quem anda de carro, ou mesmo a pé, em
direção de algum destino, sabe que os trechos do caminho percorrido já não mais
lhe desperta atenção.
Os liames sagrados da família são
eternos e estamos sempre atentos para participar dos momentos que nos unem, sem
perder de vista a nossa participação de caminhar juntos, embora em espaços
físicos diferentes.
Quando esses liames se espalham em
direção de outros círculos afetivos, o cuidado ainda se faz presente, deixando
cada um seguir o caminho que lhe convém. Se houver receptividade de nosso
carinho, a alegria é sempre esfuziante.
Não tenhamos apego a nada e a
ninguém, vivamos simplesmente sem esperar nada, pois a expectativa pode gerar
desconforto emocional. Tudo passa, por que esse tempo que pensamos não irá
passar?
A perda é considerada um dos sintomas
da depressão, a antiga melancolia que vem desde a Antiguidade, na Grécia,
atravessou a Idade Média quando a Igreja a condenou como pecado porque seus
portadores estavam com o demônio. Paracelso e outros médicos do passado
estudaram esses sintomas, notadamente Freud que estendeu a Medicina para o
campo da Psicanálise.
Além da medicina helênica em que se
notabilizou Hipócrates, há registros históricos anteriores: nos séculos 7-8
a.C. as Ajurvedas indianas revelavam a existência das alterações físicas e
mentais no ser humano. Esses sintomas já eram observados por uma farmacopeia
neosumeriana e pela escola babilônica de medicina no século 18 a.C. [SENDRAIL,
1980].
No final do ciclo planetário, onde se
avoluma a separação do joio e do trigo, recrudescem as palavras do Mestre
amado, Jesus, “deixai os mortos enterrar os mortos” numa referência que não
devemos ficar ligados a circunstâncias que não nos pertencem.
A densa consciência dissociada, em
que o planeta está vivendo, carreia para os campos vibratórios idênticos essa
massa gigantesca de população. Cada um segue a vibração que vive.
Observar, apenas observar, sem
comentar nem criticar a ideologia que os grupos sociais se manifestam. Enquanto
isso, as substâncias químicas usadas por dependentes estão tirando a lucidez
dos que precisam andar em seus próprios tapetes.
Este é o nosso momento de prece para
que a inspiração surja.
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