Páginas

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

TRANSMUTAÇÃO


Pensemos na transmutação que ocorre no planeta. Tudo acontece com precisão. O tempo delineia, em espaços matemáticos, as situações que todos passam.

A cada instante, o homem se defronta com a realidade que lhe é própria. A sua vida lhe pertence, boa ou aparentemente ruim. A retórica do acaso é nula; não cria nada senão para aqueles que buscam evasivas para se justificar de suas ilusões.

Em cada segundo de vida, o emocional e o racional humanos funcionam estabelecendo circunstâncias futuras. São perfis variáveis de momento a momento, dependendo da natureza intrínseca de cada indivíduo.

As emoções estão muito ligadas ao sentimento, a razão à lógica, às necessidades reais que cada um pode estabelecer.

Como o homem ainda não sabe completamente o que lhe convém, deixa-se levar por aquilo que sente, sem levar em conta a importância das implicações que podem acarretar em  seu viver.

Nos níveis de compreensão da vida, há resultados que podem conferir situações de bem-estar ou de monotonia ou mesmo de desencantos se as emoções não tiverem a sublimação adequada.

Portanto, não é questão de estabelecer um marco entre as emoções e a razão. Todas são importantes na vida do homem.

Na sublimação dos ideais superiores da vida tudo converge  para a razão, ou mais precisamente à inteligência, embora haja traços de emoção nos comportamentos adotados. O lirismo, a ternura, o romance, que vêm do campo emocional, ganham conotações profundas de beleza espiritual.

Viver sem a inteligência, sem o devido preparo, seria adotar um referencial onde carências e frustrações minariam o campo do sentimento.

Quando o tempo de brincar passa, o adulto não deseja ser mais criança naquelas circunstâncias. Suas atenções se voltam a oportunidades que constroem o seu amanhã.

Assim acontece com as emoções. No início, o emocional ocupa grande parte do seu viver, depois sente necessidade de transcender às sensações físicas e ganha consciência da sublimação do mundo íntimo em que vive.

A energia pura de sua essência dissipa os resquícios de carência emotiva e desejos pessoais. Sente-se interligado com um espaço maior do que aquele onde estava. O raio de ação se amplia em dimensões que desconhece, criando um clima favorável ao seu engrandecimento.

Nesse estágio evolutivo, o lado inteligente tem predominância sobre suas emoções. Quando estas vêm à tona são revestidas da sublimação. O amor faz este milagre da transmutação.

Tudo, que lhe chega, tem um respeito muito grande, como nunca sentido antes, as pessoas, os animais, as plantas, os objetos, tudo, enfim.

A compreensão de sua vida passa a ser normal. O seu tempo é empregado com sabedoria, não há desperdício em desencontros que não contribuíram neste novo estágio, apenas a lição de renúncia.

Sente vontade de exteriorizar o que está em seu íntimo. De consciência pessoal voltada ao egoísmo, ganha uma consciência de classe, de grupo e começa a trabalhar em benefício de todos  que sentem tristeza e desolação.

O homem, vivendo este trabalho, é útil à sua comunidade, ao planeta que adoece, desde os tempos da distante Genesaré onde a cura de todos os males ocorreram em profusão. Seguem-se os séculos, uns após os outros; não são muitos, apenas 20 entre aqueles dias inesquecíveis de Jesus às margens do mar da Galileia. Mas a transição vem ocorrendo, em profundas transformações, sempre para o melhor.   

Em praia de Genesaré faz–nos lembrar ainda uma das aparições de Jesus redivivo (João, 8:1ss) comentada na obra Jesus Nazareno, de Huberto Rohden (vol. 2, p. 340), filósofo de formação jesuíta: “Um como halo de indefinível mistério, uma como atmosfera tecida de paz serena e discretas saudades  envolvem esta cena...”

A transmutação vem ocorrendo, em profundas transformações, no planeta Terra, com a evacuação de resquícios densos, os chamados engramas do passado, indo embora a densa camada de vibrações deletérias que a impedia de ascender a uma superior dimensão vibracional. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário