Pensemos na transmutação que ocorre no
planeta. Tudo acontece com precisão. O tempo delineia, em espaços matemáticos,
as situações que todos passam.
A cada instante, o homem se defronta
com a realidade que lhe é própria. A sua vida lhe pertence, boa ou
aparentemente ruim. A retórica do acaso é nula; não cria nada senão para
aqueles que buscam evasivas para se justificar de suas ilusões.
Em cada segundo de vida, o emocional e
o racional humanos funcionam estabelecendo circunstâncias futuras. São perfis
variáveis de momento a momento, dependendo da natureza intrínseca de cada
indivíduo.
As emoções estão muito ligadas ao sentimento,
a razão à lógica, às necessidades reais que cada um pode estabelecer.
Como o homem ainda não sabe
completamente o que lhe convém, deixa-se levar por aquilo que sente, sem levar
em conta a importância das implicações que podem acarretar em seu viver.
Nos níveis de compreensão da vida, há
resultados que podem conferir situações de bem-estar ou de monotonia ou mesmo
de desencantos se as emoções não tiverem a sublimação adequada.
Portanto, não é questão de estabelecer
um marco entre as emoções e a razão. Todas são importantes na vida do homem.
Na sublimação dos ideais superiores da
vida tudo converge para a razão, ou mais
precisamente à inteligência, embora haja traços de emoção nos comportamentos
adotados. O lirismo, a ternura, o romance, que vêm do campo emocional, ganham
conotações profundas de beleza espiritual.
Viver sem a inteligência, sem o devido
preparo, seria adotar um referencial onde carências e frustrações minariam o
campo do sentimento.
Quando o tempo de brincar passa, o
adulto não deseja ser mais criança naquelas circunstâncias. Suas atenções se
voltam a oportunidades que constroem o seu amanhã.
Assim acontece com as emoções. No
início, o emocional ocupa grande parte do seu viver, depois sente necessidade
de transcender às sensações físicas e ganha consciência da sublimação do mundo
íntimo em que vive.
A energia pura de sua essência dissipa
os resquícios de carência emotiva e desejos pessoais. Sente-se interligado com
um espaço maior do que aquele onde estava. O raio de ação se amplia em
dimensões que desconhece, criando um clima favorável ao seu engrandecimento.
Nesse estágio evolutivo, o lado
inteligente tem predominância sobre suas emoções. Quando estas vêm à tona são
revestidas da sublimação. O amor faz este milagre da transmutação.
Tudo, que lhe chega, tem um respeito
muito grande, como nunca sentido antes, as pessoas, os animais, as plantas, os
objetos, tudo, enfim.
A compreensão de sua vida passa a ser
normal. O seu tempo é empregado com sabedoria, não há desperdício em desencontros
que não contribuíram neste novo estágio, apenas a lição de renúncia.
Sente vontade de exteriorizar o que
está em seu íntimo. De consciência pessoal voltada ao egoísmo, ganha uma
consciência de classe, de grupo e começa a trabalhar em benefício de todos que sentem tristeza e desolação.
O homem, vivendo este trabalho, é útil
à sua comunidade, ao planeta que adoece, desde os tempos da distante Genesaré
onde a cura de todos os males ocorreram em profusão. Seguem-se os séculos, uns
após os outros; não são muitos, apenas 20 entre aqueles dias inesquecíveis de
Jesus às margens do mar da Galileia. Mas a transição vem ocorrendo, em
profundas transformações, sempre para o melhor.
Em praia de Genesaré faz–nos lembrar
ainda uma das aparições de Jesus redivivo (João, 8:1ss) comentada na obra Jesus
Nazareno, de Huberto Rohden (vol. 2, p. 340), filósofo de formação jesuíta: “Um
como halo de indefinível mistério, uma como atmosfera tecida de paz serena e
discretas saudades envolvem esta
cena...”
A transmutação vem ocorrendo, em
profundas transformações, no planeta Terra, com a evacuação de resquícios
densos, os chamados engramas do passado, indo embora a densa camada de
vibrações deletérias que a impedia de ascender a uma superior dimensão
vibracional.
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