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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

ENGRAMAS


Aqueles que buscam a felicidade permanente e não querem ser mais enganados, então não liguem mais para os noticiários que dão audiência, no dizer dos promotores de programas e vejam como as suas vidas irão mudar.

A rotina também se esgota e a reinvenção da vida é o chamado que a poetisa Cecília Meireles nos sugere. Para que acumular, em nosso íntimo, informações que nada tem a ver com o que somos na realidade?

A manipulação de massas humanas, através dos meios de comunicação, visa unicamente estabelecer o medo como forma de aprisionamento e de controle. Isto acontece, como dissemos anteriormente, por causa do princípio de atenção, pois passa a ser verdade tudo aquilo que dermos peso e referência. Não é que a noticia seja falsa mas por causa da ilusão que é acolhida como verdade. A densa camada de pensamentos existe mas não é a nossa faixa vibratória onde vivemos.

Se existe a liberdade de expressão, como é noticiado, em nós mesmos deverá existir a liberdade de escolha para tudo aquilo que vemos e ouvimos. O descobrir-se a si mesmo, de Sócrates, o filósofo, não preconizava a busca de algo externo, como hoje acontece nas informações que nos passam para orientar em nossas decisões.

Vem-nos à tona o episódio conhecido em que envolveu Alexandre Magno, à época, o governador do mundo, pois havia conquistado tudo e precisava de Diógenes, o filósofo, que caiu nas graças do imperador e o procurou em Corinto para receber seus conselhos.

Na presença de Alexandre Magno, numa habitação rústica nos arredores daquela cidade, Diógenes foi solicitado a pedir o quisesse. Ele pediu uma única coisa que o imperador não lhe poderia dar: a luz do sol que o imperador impedia de ser projetada diante do filósofo.

Alexandre Magno afastou-se um pouco e o pedido foi atendido. Em seguida, saiu de lá admirando ainda mais o gesto de Diógenes. Diante de seus oficiais que zombaram do filósofo, disse: "se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes".

Basta que haja ocorrências de escândalo, assalto, tragédia, morte e outros desencantos, as televisões e rádios, aqui e alhures, correm logo para noticiar o clima em que isto ocorreu e passam horas comentando e repetindo os mesmos assuntos.

A grade de notícias passa a ser a grade em que os ouvintes e assistentes se aprisionam. Não é a TV que aprisiona, mas o próprio espectador que dá peso e referência ao que ouve e vê, como dissemos.

Fala-se em liberdade e a liberdade ganha nova roupagem no mito de Prometeu que falsificou tudo, sem exceção. O mundo da ilusão, no conceito hindu, é a realidade em que vivemos.

O mito de Prometeu é acolhido, consciente e inconscientemente, introjetado no cérebro, em forma de engramas, por todos os sistemas que regulam a vida planetária, assim como a infiltração do mito da Caverna que pretende explicar o que se passa.

Ora, há mundos invisíveis a olho nu que exercem influência em nosso mundo material, conceito acolhido até mesmo por esses sistemas, mas o que predomina é o interesse material, como se isto fosse a única necessidade do planeta.

No mundo que se desdobra a acontecer neste novo milênio, sob a influência dos raios adamantinos que surgem do grande oceano astral, oriundo do centro da Via Láctea, a nossa galáxia, vemos que a transparência irá eliminar todas essas informações que não condizem com a nossa realidade existencial.

A transparência de que falamos não acolherá mais a falsificação da realidade, pois tudo e todos serão transparentes, assim como nos sonhos em que vivemos dentro do sono. O pensamento de um será percebido por todos. Nesse tempo, a TV e a internet serão ultrapassados e esquecidos para sempre como engramas do passado.

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