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sexta-feira, 1 de abril de 2016

AMOR–SABEDORIA

Em decorrência da dificuldade das pessoas em saber a distinção entre amor-projeção e amor-sabedoria, em que ambos se conectam, em processo de elevação, fazemos uma sucinta retrospectiva, com vertente poética e política, a espalhar ao mundo o perfume que sentimos dos altos cimos que está lá e cá na simbiose apresentada pela teoria do emaranhamento quântico que vimos dizendo tudo se interliga.
Enquanto existir a necessidade de vivenciar o amor em uma pessoa, um objeto ou objetivo, uma classe, uma instituição, um ideal nos trabalhos materiais ou mesmo espirituais, há presença do amor-projeção. Essa projeção ganha espaços maiores quando sai do exterior e faz a viagem interna ao coração onde se descobre como ser profundo e passa a vivenciar práticas que levam ao que se chama na Índia de Bhakti Yoga ou Yoga da Devoção. [AMOR-PROJEÇÃO – 21 de outubro de 2013].
Amor-Projeção está a caminho do Amor-Consciência, mas isto não é questão de busca e apreensão ou busca apreensiva, é a inteligência que se projeta em luz eliminando as sombras ou penumbras de um amor projetado. Como conseguir isto? O abandono à luz, o abandono da personalidade que deve ser vivida e transmutada a um patamar de grandeza superior.  [AMOR-PROJEÇÃO – 21 de outubro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Apreciando a leitura da obra de Max Carphentier (“Aqui, porém, no devotamento da selva, com os cálices repletos de mistério e água, a luz celebra mais.” (121), podemos fazer uma pergunta esclarecedora: se a luz do sol chega à Amazônia, oriunda de milhões de léguas de distância, por que não haveria de chegar àquela região a luz de Jesus? E, se há luz de Jesus, em algum lugar, há também a presença dele nessa luz, o que é a mais coisa. Dentro dos sonhos, já tivemos experiência idêntica que comprova a existência de Jesus.
(121) MAX CARPHENTIER – in Nosso Senhor das Águas, p. 26 – Prefácio de D. Paulo Evaristo Arns, Cardeal–Arcebispo de São Paulo – Abas da capa redigidas por Mansour Chalita – 1992 – Manaus – AM.
Ao resumir toda a doutrina do Senhor dos espíritos na palavra amor, apresentamos, neste último capítulo, o tema amor elevado ao patamar de sabedoria.
Os semeadores da primeira hora trazem o cuidado em suas mãos. A seara, que foi preparada para receber as sementes, tem, assim mesmo, alguma adversidade porque o tempo escasso não permite uma preparação completa.
No decorrer das horas, temos necessidade de semear a palavra, no momento exato, sem querermos saber se as conveniências todas estão adequadas.
O tempo é de emergência. O ambiente social do planeta virou hospital. Se a morte espreita o paciente, não é a hora de sabermos se, além do risco de vida, há unhas a cortar, cabelos a ajeitar, sapatos a engraxar e outros cuidados individuais que estão fora da cogitação médica.
No momento em que a dor se generaliza nos ambientes por onde passamos, devemos revelar a nossa postura de vida, a fim de que outros males não venham a se instalar.
Mesmo que seja apenas uma palavra, um olhar carregado de vibração amor–sabedoria, o resultado terá efeitos surpreendentes àqueles que passam por testes difíceis.
Sem pressa nem preocupação em agir, nossa atenção se volta àqueles que convivem conosco as horas marcadas pelo trabalho em diversos setores onde a expansão se faz necessário.
Em qualquer parte onde estamos, a identificação que temos pela vida é aguardada por aqueles que nos acompanham os passos, assim como nós vemos neles a oportunidade de verificar se há um clima adequado à realização dos sonhos que nascem n´alma.
Morta a emoção em desalinho, a razão existencial do viver, ou, mais precisamente, a inteligência delineia espaços onde só o amor deve existir, o amor acompanhado da sabedoria. Há, no entanto, companheiros, apressados em semear, que não observam as condições do tempo e assim espalham as sementes em todos os terrenos. Na maioria das vezes, o que foi recentemente semeado é levado pelos ventos.
O amor plantado sem a sabedoria se desvia pelos canais que alimentarão a emoção que pode resvalar a níveis inferiores de consciência, onde reina a ilusão que gera a dor e o sofrimento.
Há uma necessidade primordial que nos indica o trabalho a fazer junto àqueles que falam de saudades, solidão, medo e inconformação das vicissitudes da vida.
Há, dentro de nós, um respeito e compreensão do ponto de vista em que se posicionam. Aquilo que parece desagradável é algo que lhes desperta suas forças internas, as únicas que conseguirão levar-lhes à compreensão de que tanto precisam.
Enquanto isto estiver ocorrendo, seguiremos o nosso caminho disseminando, em outras searas, a palavra e o olhar que inspiram o amor ultrapassando os níveis da personalidade humana e atingindo a consciência divina, que todos trazem guardada dentro de si, para compreendermos a ligação que nos une.
Em clima de juras, juras de “Patria, socialismo o muerte, lo juro” (122), na “Venezuela caribeña, amazónica, andina y universal” (123), o nosso pensamento está ligado a Jesus, citado, no enlevo de vitória e de projeto social, por Hugo Chávez, ao tomar posse, pela terceira vez, no cargo de presidente, anunciando el poder comunal: “por Cristo, o maior socialista da história (sic), por todas as dores, por todos os amores, por todas as esperanças”. (124)
Nota: a palavra sic usada na citação da frase de Hugo Chávez serve para discordar da referida afirmação, no entanto acolhemos o restante “por todas as dores, por todos os amores, por todas as esperanças”. 

(122, 123) HUGO CHÁVEZ – Discurso de posse, em 10/1/2007, no cargo de presidente da Venezuela – Jornal El Nacional – Caracas, Venezuela (124) Apud Jornal do Brasil – Internacional – p. A–17 11/1/2007 – in JESUS, LUZ DO MUNDO, de Fernando Pinheiro.

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