Ao dar prosseguimento à Série
Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta
série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A
ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma
ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e
elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O
pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões
que se modificam de acordo com o comando recebido.
O
pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da
beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em
nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a
observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em
espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera
terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito
pela transmutação das formas almejadas.
Ela
surgiu diante de mim carregando em suas mãos uma colcha de cama de casal, nova,
bem limpa, de cor alegre e vistosa, pensei logo no cuidado que tem a empregada
dela em arrumar a casa. Ela em casa era madame porque tinha atividade
intelectual que lhe ocupara todo o tempo disponível, isto quando morava na
cidade do Rio de Janeiro.
Veio
a mim porque estava disposta ao encontro, a continuação daqueles que foram
interrompidos por causa de sua viagem aos Estados Unidos onde ocupa uma cátedra
de uma universidade. A vida acadêmica que ela vive é muito extensa e bastante
concorrida em ministrar aulas, fazer conferências, escrever livros e viajar
pelo mundo afora.
Uma
vez ela me disse que estava aprendendo búlgaro, depois de saber falar e
escrever em 17 idiomas. Eu gosto de aprender, ela concluiu diante do meu
silêncio. A Bulgária é o país onde reside a minha amiga Nona Orlinova, de
encantadora beleza.
No
reencontro, o primeiro dos sonhos que nos une, a colcha de cama era apenas um
símbolo que significava um novo aspecto de que a cama pode ser usada por nós
dois. Uma vez apresentada, a colcha já não estava mais com ela. Era somente
ela, em vestido comprido, que andava junto a mim a caminho de uma casa.
Quando
chegamos lá, tudo vazio em termos de mobília. Entramos pela sala vazia a
significar que teríamos que organizar tudo dentro da casa, não digo comprar,
porque no campo astral não se compra nada, apenas se pensa e tem o que se
deseja. Isto está dentro das possibilidades quânticas que, conforme agora
exploradas por comercial de televisão, são de infinitas possibilidades.
Ao
subir a escada, sem corrimão que conduz à alcova, estávamos de mãos dadas, como
namorados que se enamoram desde à primeira vista, o pé dela, num instante,
ficou fora da escada e a segurei pela mão, puxando-a para dentro, como uma
espécie de condutor seguro como são os condutores de orquestra sinfônica.
Ao
acordar da cena, fiquei pensando que, nesta vida, como disse o poeta hindu
Tagore, o incompleto será completo. Lembrei-me daquele convite que lhe fiz,
quando de passagem pelo Rio, para nos encontrar outra vez, mesmo sabendo que a
ocasião no metrô já era o suficiente do encontro não marcado.
As
coisas no campo sentimental não se completaram para ela, e ela veio a mim,
nesse endereço astral, para revelar o que se passa no recôndito de seu ser
profundo, derrubando o dito popular: “coração é praça que ninguém passeia”.
Fiquei agradecido pela vida que sou e represento como também pela vida que me
representa em simbiose que nos faz ser um.
O
sonho é átomo circulando nos espaços adequados à essa circulação que
engendramos quando movimentamos os pensamentos em direção dos objetivos
colimados. Pensamento é energia e energia é átomo, corroborando o pensamento de
Einstein: “tudo é energia.”
Quem
se sente desolado por um amor não correspondido, não fique assim não. O amor,
fluindo no campo astral, não se perde e tem o seu reino de mil encantos que nos
faz feliz quando o momento oportuno chegar. Os sonhos são reveladores dessa
assertiva.
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