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sexta-feira, 22 de abril de 2016

PÉGASO (XLVIII)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
O lugar estava repleto de pessoas, todas elas eram homens e mulheres que exerceram função executiva numa grande empresa. Era como naqueles momentos em que antecedessem a um evento que se passaria em algum lugar concentrado de pessoas como num auditório que abriga uma plateia.
A expectativa estava no ar em particular para cada um dos participantes, pois não se comunicam entre si, numa atitude egocêntrica de quem não quer perder o cargo, só em pensar  em transmitir informações do seu serviço executivo aos subalternos. Não era que a empresa estimulasse essa atitude, aliás já havia cursos para administradores.
Por duas vezes, percorri um corredor superlotado de pessoas em atitudes isoladas, na mesma expectativa de algo que estava para acontecer, mas não tinham o conhecimento do que seria. Mulheres bem vestidas, à moda Chanel, não deixavam transparecer um ar de sedução, pois o momento não era de doação de si.
Aproximei-me de um executivo que conhecera de vista na empresa e demonstrei atitudes de companheirismo, pois isto ele nem queria saber, pois a egrégora reinante era de egocentrismo, em palavras mais acessíveis, cada um por si.
Em seguida, dirigi-me ao final do ambiente, de aspecto limpo como era o ambiente de trabalho que todos estavam acostumados a conviver. A empresa tinha prestadores de serviços que faziam a limpeza nas salas, nos banheiros e nos corredores, com guardas-de-segurança que os protegiam.
No final de uma rampa que dava acesso ao gramado verde, pude ver um muro branco que me fazia lembrar muro de cemitério, denotando um percurso que eles tinham feito antes de estar lá e nem sabiam.
No caminho de volta, encontrei-me com o executivo que tinha servido à empresa no exterior, depois do tempo em que nos conhecíamos no trabalho, aqui no Brasil, e demonstrei atitudes de confiança na vida que era propósito de todos nós, desde antes daquele momento.
Com jeito de quem vai contar algo revelador, para não assustá-lo, lhe disse com brandura: “eu soube que este lugar é para quem já morreu.” Ele ficou pensando com a atitude receosa de se defrontar com a realidade.
Em seguida, alcei voo e fiquei a imaginar que ele agora estava se defrontando consigo mesmo na medida de suas possibilidades cognitivas e, quem sabe, com vontade de ouvir um pouco mais do que eu lhe poderia oferecer. A chance se esgotou e o tempo correu.
A descoberta da comunicação não local, expressão científica, diz respeito ao binômio partícula e onda. Tudo é átomo, tudo é partícula e onda ao mesmo tempo, comprovado há 2 séculos pelo experimento científico da dupla fenda. Uma cadeira, por ser energia condensada, contém átomo, pode passar através de uma fechadura, não a partícula, mas a parte onda. Um livro reduzido a cinzas, pode ser lido, não a materialidade que foi destruída pelo fogo, mas a parte onda. PÉGASO (XL) – blog Fernando Pinheiro, escritor.
Não tive conhecimento da situação de outras pessoas naquele recinto, mas sei que o despertar da realidade estava a caminho, apenas a minha mensagem foi revelada, com êxito, ao executivo que eu conhecera de longe, no passado, no recinto de trabalho na empresa que servi por 3 décadas.
Pela barca de Caronte, na mitologia grega, passam os passageiros que vão ficando pelas margens do rio, o destino cabe-lhes o mérito quando estiveram fazendo o colapso da função de onda.
Vale mencionar textos da crônica A CARAVANA – 08 de setembro de 2015 na qual elucidamos circunstâncias similares, a seguir: 
No plano extrafísico, onde temos a nossa origem e destino, ocorre também esse caminhar de caravanas, mas ficam estacionadas em determinado lugar por falta de forças para prosseguir ou porque injunções superiores a suas forças as impedem de avançar em outras direções, esta é a maior parte dos habitantes da Terra que chegam por lá nas mesmas condições em que viveram no plano físico.
Nas andanças astrais narradas na Série Pégaso (I a XXVI), visitamos esses lugares aprisionantes onde vimos pessoas sem condições de sair, isto porque não podem mais fazer o colapso da função de onda, atributo exclusivo de quem vive em corpo físico. Isto nos faz despertar a ver a oportunidade valiosa que temos em viver em experiências que nos apresentam difíceis.
Mesmo assim, naqueles catres de dor, no decorrer dos tempos em que não podemos medir, um dia o socorro chegará, não sabemos em que forma, pois dependerá das circunstâncias e do mérito de cada um que está aprisionado. Vimos mulheres lindas, que amamos tanto, de certa forma estagnadas, pois a vida é dinâmica em qualquer ponto do universo, e com o olhar perdido no espaço, é que ninguém pode fugir de si mesmo.
O pensamento de quem está vivo na roupagem carnal faz o colapso da função de onda e pode modificar panoramas íntimos em beleza imorredoura, pois a morte não existe diante da movimentação das partículas atômicas que o próprio pensamento irradia.

www.fernandopinheirobb.com.br 

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