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quinta-feira, 21 de abril de 2016

PÉGASO (XLVII)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
O jeep ecoturismo, repleto de pessoas, ia fazer um tour pela cidade e suas áreas verdes onde se espalham bosques e jardins. Eu estava lá no meio delas, sentei-me no chão apoiando a cabeça de uma gentil mulher que se encostou ao meu ombro, inclinando-se numa posição favorável ao beijo. Era a primeira vez que a vi, ela já se antecipava ao namoro sem que eu pudesse ter notado antes.
Quando percebi que a intenção do grupo de pessoas era curtir um passeio em que estava previsto o uso de álcool,  saltei do jeep e fui em direção de uma casa à busca de  camisa para me vestir, estava apenas de bermudas e calçado tênis.
No caminho encontrei uma igreja aberta, parada no tempo, onde a quietude da paisagem verde a fazia plácida e serena, lembrando um tempo passado em que a igreja era o principal ponto de atração das cidades do interior, lembrado efusivamente pelo toque cristalino dos sinos à hora do Ângelus, ao entardecer.
Entrei no templo, vi pessoas fazendo preces em louvor à santa mãe, mãe de todas as mães. Fiquei sensibilizado porque a maioria era mulheres. Da porta onde estava guardei esta cena linda e prossegui a caminho de casa onde pudesse encontrar uma camisa para vestir.
Ao lado ficava a casa que era para mim familiar. Ao entrar, encontrei a escadaria de forma inversa ao que é normal, e pensei não poderei chegar no andar de cima nesta engenharia de construção. Pensei ir do outro lado, onde possivelmente iria encontrar uma escada estruturada na normalidade. Dei a volta e não pude encontrar o que estava pensando.
Esses sonhos meus são sempre algo que me posicionam no caminho em que vou seguindo. Se estivesse me recomposto no vestir, certamente iria desfrutar de horas amenas naquela igreja que me impressionou pela placidez do momento.
O relacionamento de casais é um tema que sempre abordo em minhas crônicas. Ao tomar um taxi que pertencia à área de Copacabana, perguntei ao motorista como vai a princesinha do mar? Ele me disse que à noite pela Avenida Atlântica está cheia de mulheres prostitutas.
Esse tema é notícia de hoje no jornal El Pais, de Madri, Espanha, divulgando que na Suécia é delinquência, desde 1999, pagar mulheres para ter relações sexuais, exonerando a participação feminina no crime, isto porque é entendido que a prostituição é uma violência contra as mulheres.
Nesse rumo, outros países estão seguindo o modelo nórdico, sendo que a França é o último impondo uma multa de até 3.750 euros, equivalentes a R$ 15 mil para quem pagar por sexo. De forma velada ou exposta, essa conquista através do dinheiro é algo que, no fundo, sevicia a mulher, tirando-lhe a liberdade de escolha.
Segundo revelado pelo jornal que revelou dados do Instituto Sueco, depois de 10 anos que a lei sueca entrou em vigor, “caiu de 13,6% para menos de 8% o número de compradores do sexo”, reduzindo o interesse de diversos grupos nas atividades organizadas de prostituição.
Ainda segundo El Pais, esse modelo também chamado novo abolicionismo está em vigor em vários países: Suécia, Noruega, Islândia, Irlanda do Norte, Canadá, Cingapura, África do Sul, Coreia do Sul e França, esta é a fórmula encontrada por esses países para acabar com a prostituição: acabando-se a demanda, acaba-se a oferta. No entanto, a prostituição é regulamentada na Holanda, Alemanha e Dinamarca, desde 2000, e na Hungria a meretriz é punida com multa ou prisão e o cliente só é penalizado se estiver acompanhado de uma mulher menor de idade.
Nos países subdesenvolvidos e até mesmo naqueles desenvolvidos em que as áreas da indigência proliferam, as mulheres deixam de ter a igualdade dos homens, onde o dinheiro as fazem escravas por momentos ou por tempo indeterminado de acabar porque a carência de meios para sobreviver é mais forte.

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