Ao dar
prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos,
constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo
astral:
A ideia ideoplástica é a
matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O
pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção
do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do
espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo
com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como
também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias
que a degeneram.
Em sonhos, a pessoa que não possui mais os engramas do
passado, cerceiando-lhe os passos, pode se deslocar a lugares distantes fora do
corpo físico que está dormindo, referimo-nos a essência etérea e eterna, e
desfrutar dos deleites do paraíso que podem ser desde um jardim ou outro lugar
esplêndido. [A LUA HUMANA – 18 de dezembro de 2015 – blog Fernando Pinheiro,
escritor].
Em minhas andanças astrais, cheguei em
altos cimos onde se avistava, numa altura de 500 metros, edifícios chamados, em
tempos de outrora, de arranha-céus. A paisagem era desértica com montanhas de
gelo e nenhuma alma viva, animais, plantas, minerais, a temperatura
naturalmente abaixo de zero grau, não senti frio, era o ser profundo que estava
lá e não o corpo físico.
Ainda vinculado aos costumes da
Terra, pensei vou sair daqui antes que chegue a noite, se era noite que
viria não sabia, numa paisagem que a
noite possivelmente não chega. Nessa dúvida, no plano mais sutil, isto não pode
acontecer, pois voltei à consciência planetária onde ainda vigora o dualismo
humano.
Sai da paisagem lindamente
extraterrestre e, no caminho, encontrei um casal que seguia de volta ao lar.
Ele, um cientista em elucubrações científicas acerca da vida, estava
acompanhado da esposa que era como uma espécie de assistente, nem notou a minha
presença.
Ela se aproximou de mim para saber de
minhas observações na área do conhecimento humano e, sem dirigir-lhe a palavra,
continuei na caminhada. O marido aborvido em seus pensamentos continuou a
caminhar. Disse a ela: vai lá atrás dele, vale a pena. Ela correndo feliz chegou
perto dele e ambos prosseguiram viagem.
O que dificulta a nossa ascensão aos
páramos sublimes é únicamente o medo. A nossa educação prevê precaução de
atitudes, assim como está recheado todos os códigos do comportamento humano.
Isto não nos liberta, pois pensamos que estamos conhecendo o amanhã, quando na
verdade, esse amanhã somente acontece com o despreendimento de tudo que
conhecemos a nivel material.
Em experiência anterior, ao dirigir
um ônibus que estava estacionado à minha disposição, numa praça, não confiei
muito naquilo que, na verdade, poderia acontecer. A minha meta era conduzi-lo
até ao ponto final, mas não consegui.
O ônibus, conduzido por mim, desceu
uma rua desértica repleta de degraus e alcançou outros espaços que desconheço, estava
perdido, mas sempre com o objetivo de retornar ao ponto final.
Numa volta, avistei outra ladeira de
escadarias e apenas esta é a via que encurta espaço direto ao ponto final do
ônibus. Tinha antes guiado, com sucesso, o ônibus em outra ladeira, mas não me
atrevi a arriscar-me em cima de uma enorme escadaria. Educação que aprendi no
plano físico, mas no plano astral o que prevalece é a confiança, a fé até mesmo
daquilo que desconhecemos.
Por isso, bato palmas as ideologias
que buscam a fé que remove montanhas, não as estabelecidas por entidades que as
desvirtuam, em nome de uma fé paga ou em donativos que têm outros destinos.
Vale transcrever textos da crônica
inspirada no samba-enredo de carnaval de 2001, A saga de Agotime, Maria Mineira Naê
levada para o Sambódromo do Rio de Janeiro na voz do Neguinho da Beija-Flor:
Há muitos caminhos que indicam a direção que seguem
(de lá pra cá) naquele nascer de novo que Nicodemos, doutor da lei em
Jerusalém, desconfiava existir e que foi revelado de forma clara e sucinta pela
luz crística que hoje se encontra no centro da Via-Láctea, e que está voltando
à Terra, cumprindo as profecias de Nostradamus: o retorno da luz pela seta de
Sagitário.
A Beija-Flor enfatiza que no culto de fé de Maria
Naê “um novo mundo renasceria”, esse novo mundo está renascendo com a mudança
de paradigmas em que a população terrestre vive. A nossa fórmula prática é
através de 4 pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria.
Mas admiramos os esforços que os semeadores da
Seara, imensa e fecunda, apresentando meios para essa mudança. Sabemos que é
complicado porque as franjas de resistência ou zona do conforto estão
sedimentadas, em nossa cultura materialista, não permitindo uma nova visão. [A
SAGA DE AGOTIME – 20 de janeiro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Um dos quatro passageiros, que me acompanhava,
perguntou: este ônibus passa perto de minha casa? Respondi: não, este ônibus
não é de linha e todos compreenderam porque estavam ali.
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