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domingo, 24 de abril de 2016

PÉGASO (L)



Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em sonhos, a pessoa que não possui mais os engramas do passado, cerceiando-lhe os passos, pode se deslocar a lugares distantes fora do corpo físico que está dormindo, referimo-nos a essência etérea e eterna, e desfrutar dos deleites do paraíso que podem ser desde um jardim ou outro lugar esplêndido. [A LUA HUMANA – 18 de dezembro de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Em minhas andanças astrais, cheguei em altos cimos onde se avistava, numa altura de 500 metros, edifícios chamados, em tempos de outrora, de arranha-céus. A paisagem era desértica com montanhas de gelo e nenhuma alma viva, animais, plantas, minerais, a temperatura naturalmente abaixo de zero grau, não senti frio, era o ser profundo que estava lá e não o corpo físico.
Ainda vinculado aos costumes da Terra, pensei vou sair daqui antes que chegue a noite, se era noite que viria  não sabia, numa paisagem que a noite possivelmente não chega. Nessa dúvida, no plano mais sutil, isto não pode acontecer, pois voltei à consciência planetária onde ainda vigora o dualismo humano.
Sai da paisagem lindamente extraterrestre e, no caminho, encontrei um casal que seguia de volta ao lar. Ele, um cientista em elucubrações científicas acerca da vida, estava acompanhado da esposa que era como uma espécie de assistente, nem notou a minha presença.
Ela se aproximou de mim para saber de minhas observações na área do conhecimento humano e, sem dirigir-lhe a palavra, continuei na caminhada. O marido aborvido em seus pensamentos continuou a caminhar. Disse a ela: vai lá atrás dele, vale a pena. Ela correndo feliz chegou perto dele e ambos prosseguiram viagem.
O que dificulta a nossa ascensão aos páramos sublimes é únicamente o medo. A nossa educação prevê precaução de atitudes, assim como está recheado todos os códigos do comportamento humano. Isto não nos liberta, pois pensamos que estamos conhecendo o amanhã, quando na verdade, esse amanhã somente acontece com o despreendimento de tudo que conhecemos a nivel material.
Em experiência anterior, ao dirigir um ônibus que estava estacionado à minha disposição, numa praça, não confiei muito naquilo que, na verdade, poderia acontecer. A minha meta era conduzi-lo até ao ponto final, mas não consegui.
O ônibus, conduzido por mim, desceu uma rua desértica repleta de degraus e alcançou outros espaços que desconheço, estava perdido, mas sempre com o objetivo de retornar ao ponto final.
Numa volta, avistei outra ladeira de escadarias e apenas esta é a via que encurta espaço direto ao ponto final do ônibus. Tinha antes guiado, com sucesso, o ônibus em outra ladeira, mas não me atrevi a arriscar-me em cima de uma enorme escadaria. Educação que aprendi no plano físico, mas no plano astral o que prevalece é a confiança, a fé até mesmo daquilo que desconhecemos.
Por isso, bato palmas as ideologias que buscam a fé que remove montanhas, não as estabelecidas por entidades que as desvirtuam, em nome de uma fé paga ou em donativos que têm outros destinos.
Vale transcrever textos da crônica inspirada no samba-enredo de carnaval de 2001, A saga de Agotime, Maria Mineira Naê levada para o Sambódromo do Rio de Janeiro na voz do Neguinho da Beija-Flor:
Há muitos caminhos que indicam a direção que seguem (de lá pra cá) naquele nascer de novo que Nicodemos, doutor da lei em Jerusalém, desconfiava existir e que foi revelado de forma clara e sucinta pela luz crística que hoje se encontra no centro da Via-Láctea, e que está voltando à Terra, cumprindo as profecias de Nostradamus: o retorno da luz pela seta de Sagitário.
A Beija-Flor enfatiza que no culto de fé de Maria Naê “um novo mundo renasceria”, esse novo mundo está renascendo com a mudança de paradigmas em que a população terrestre vive. A nossa fórmula prática é através de 4 pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria.
Mas admiramos os esforços que os semeadores da Seara, imensa e fecunda, apresentando meios para essa mudança. Sabemos que é complicado porque as franjas de resistência ou zona do conforto estão sedimentadas, em nossa cultura materialista, não permitindo uma nova visão. [A SAGA DE AGOTIME – 20 de janeiro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Um dos quatro passageiros, que me acompanhava, perguntou: este ônibus passa perto de minha casa? Respondi: não, este ônibus não é de linha e todos compreenderam porque estavam ali.

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