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segunda-feira, 4 de abril de 2016

O CÍRCULO DOS ENCONTROS

Todos os seres da Criação têm um roteiro de vida orientado por um princípio inteligente que o coloca no espaço adequado aos seus movimentos.
Desde os impulsos do elétron ao redor do núcleo atômico, esse princípio é manifestado. Nos seres vivos, cada gesto obedece aos impulsos do instinto e da razão quando atinge a fase humana.
Em todos os instantes, o homem cria circunstâncias futuras, pois o seu pensamento o situa no lugar  que  almeja.  Os impulsos  do  instinto acontecem quando a emoção o domina sem que ele possa avaliar as consequências daquilo que sente.
Entre o instinto e a razão, muitas pessoas caminham peregrinando sem rumo, mesmo buscando, com avidez, aquilo que tanto aspiram. O objetivo perseguido aparece sempre no momento certo. Se não dão conta do que realmente aconteceu com elas é porque muitos  de  seus  atos foram cometidos sem a participação da razão. Mas isto não invalida o efeito que teve uma causa da mesma natureza.
Outras tantas passam inconformadas com os destinos que se lhes apresentam, sempre com dias de sol com muito calor e noites escuras que parecem não ter fim.
O cortejo dos sofredores de atitudes que surgiram no instinto é imenso. Até mesmo uma pequena demonstração de carinho para com uma pessoa que desvirtua o amor tem consequências que podem alterar o estado emocional de quem vive buscando as emoções sublimadas.
Como a humanidade caminha em círculos dos encontros, onde se vê a força do passado impulsionando os movimentos presentes, a fim de que os protagonistas das cenas interrompidas sejam os mesmos.
Nesses encontros, há outros figurantes que passam alguns instantes, nas cenas diárias, para interpretar um papel passageiro, mas com grande valor. E, às vezes, basta um olhar para alterar a posição do ator principal que cede lugar àquele que parece ter vindo tão-somente de passagem.
Este é o círculo de pessoas que têm experiências em todos os  campos das atividades humanas. Tempo e lugar são disposições inexoráveis que determinam o posicionamento de cada pessoa. Basta alguém pensar e já cria meios que caracterizam a sua posição na vida.
Se fôssemos pensar em todos os instantes povoados de pessoas e circunstâncias, veríamos a realidade espiritual de cada um de nós se projetando, de dentro para fora, nos vínculos que fazemos força para mantermos unidos.
O passado tem um reflexo que atualiza todas as tendências e gostos que estávamos propensos a fazer e serão manifestados quando as circunstâncias, criadas por nós e pelos cúmplices de nossas idéias, forem favoráveis.
Mudanças de vida são mudanças de comportamentos que buscamos quando não estávamos conformados com a monotonia dos dias pouco interessantes à nossa percepção. São válidos todos os instantes que aprendemos, nas horas de alvoroço e no silêncio interior.
Se tivermos pressa em que algo aconteça logo, e não soubermos avaliar o instante da espera, pode ser prejudicial ao nosso aprendizado, pois os reflexos que emitimos iriam nos posicionar em outras circunstâncias  onde teríamos de aprender com maior dificuldade.
O instante que possibilita a meditação sobre os fatos ocorridos conosco é fundamental para que possamos acompanhar o roteiro estabelecido, com nossa anuência, por uma sabedoria que está acima de todas as cogitações humanas.
Em resumo, somos os reflexos do que pensamos e, na inquietude dos nossos passos, quando desejamos alterar as circunstâncias que nos são próprias, passamos para outro lado onde o caminho parece correr paralelo.
As inquietações sobre os movimentos de nossos passos devem ceder lugar à confiança daquilo que fizemos e que, aos poucos, ressurge, no momento exato, para nos provar o mérito do bem-estar que nos cabe por direito natural.

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