Quando o barítono canta as palavras escritas
na partitura: “ó, amigos, não esses sons!
Cantemos, antes, algo mais agradável e alegre”, dá início ao canto coral da Nona Sinfonia, de Beethoven.
“Alegria,
centelha de imortal chama, filha do Eliseu!, ébrios de fogo, deusa celestial, invadimos teu
santuário” desdobra a primeira
estrofe de Ode à Alegria. O canto prossegue louvando a vida e, na expansão do
amor a milhões sem conta, lança um beijo ao mundo inteiro!
O
compositor alemão, envolvido em sua mensagem de luz, sonhou com o momento em
que a Terra inteira tivesse o ar do paraíso.
Nestes
últimos tempos, presenciamos o final do reinado do homem que destrói aquilo que
foi criado com muito amor.
O
advento da angelitude ainda está a caminho em distâncias que podem ser
encurtadas. No planeta em renovação haverá uma civilização sem temores do
futuro e dócil à inspiração
superior.
A
consciência de que tudo é manifestação de Deus, recrudescência dos sábios do
passado que citamos, Jesus e Spinoza, encurtando o espaço e alargando o
horizonte, estenderá o paraíso ao planeta onde cada ser humano se sentirá como
o mais moço dos anjos. A profecia maior será cumprida na herança da Terra
aos mansos de coração.
O
amor fará o maior milagre que jamais aconteceu no planeta, transformá-lo em
paraíso, na consciência dos anjos que a revelam em suas mensagens de luz.
Dores, tristeza, saudade, lutas e sofrimentos serão recordações do homem que
deixou a influência do instinto selvagem nele aparecer.
O
amor, a mais visível manifestação do infinito, transmuda a lacuna em
preenchimento, situações passageiras em situações eternas. O tempo apenas o
acompanha resplandecendo sua existência como fogo alimentado por combustível
que nunca acaba - a sarça ardente.
Os
vínculos de afetividade marcam os pontos na escala evolutiva. O planeta ainda
não alcançou melhor categoria no mundos mais evoluídos devido a amarras da retaguarda.
A
sinfonia coral de Beethoven, pela música e pela letra, tem o dom de despertar a
humanidade para a consciência unificada planetária, a consciência do terceiro
milênio, ganhando mais espaços inimagináveis, numa festa perene de alegria
“como sóis incandescentes que cruzam, gloriosos, os espaços celestiais”.
Blog Fernando
Pinheiro, escritor
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