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sábado, 20 de outubro de 2012

A NONA SINFONIA

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           Quando o barítono canta as palavras escritas na  partitura:  “ó,  amigos,  não  esses  sons!  Cantemos,  antes, algo  mais  agradável  e  alegre”,    início  ao  canto  coral  da  Nona  Sinfonia,  de  Beethoven.

         “Alegria, centelha de imortal chama, filha do Eliseu!, ébrios de fogo, deusa celestial, invadimos teu santuário” desdobra a primeira estrofe de Ode à Alegria. O canto prossegue louvando a vida e, na expansão do amor a milhões sem conta, lança um beijo ao mundo inteiro!

       O compositor alemão, envolvido em sua mensagem de luz, sonhou com o momento em que a Terra inteira tivesse o ar do paraíso.

       Nestes últimos tempos, presenciamos o final do reinado do homem que destrói aquilo que foi criado com muito amor.

       O advento da angelitude ainda está a caminho em distâncias que podem ser encurtadas. No planeta em renovação haverá uma civilização sem temores do futuro e dócil à  inspiração superior.

      A consciência de que tudo é manifestação de Deus, recrudescência dos sábios do passado que citamos, Jesus e Spinoza, encurtando o espaço e alargando o horizonte, estenderá o paraíso ao planeta onde cada ser humano se sentirá como o mais moço dos anjos. A profecia maior será cumprida na herança da Terra aos  mansos de coração.

        O amor fará o maior milagre que jamais aconteceu no planeta, transformá-lo em paraíso, na consciência dos anjos que a revelam em suas mensagens de luz. Dores, tristeza, saudade, lutas e sofrimentos serão recordações do homem que deixou a influência do instinto selvagem nele aparecer.

      O amor, a mais visível manifestação do infinito, transmuda a lacuna em preenchimento, situações passageiras em situações eternas. O tempo apenas o acompanha resplandecendo sua existência como fogo alimentado por combustível que nunca  acaba - a sarça ardente.

         Os vínculos de afetividade marcam os pontos na escala evolutiva. O planeta ainda não alcançou melhor categoria no mundos mais evoluídos devido a amarras da  retaguarda.

       A sinfonia coral de Beethoven, pela música e pela letra, tem o dom de despertar a humanidade para a consciência unificada planetária, a consciência do terceiro milênio, ganhando mais espaços inimagináveis, numa festa perene de alegria “como sóis incandescentes que cruzam, gloriosos, os espaços celestiais”.

Blog Fernando Pinheiro, escritor

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