Há fatos que repercutem a nível
nacional para nos chamar a atenção acerca de ligações individuais ou sociais.
Parece
comum uma notícia que espelha a realidade de milhares de pessoas. Mas, quando o
interesse desperta atenção das camadas aquinhoadas da riqueza, a repercussão é
maior.
Os
meios de comunicação dão ênfase e destaque a estes acontecimentos que se
estendem em vários dias sucessivos. Num determinado momento, aquilo que deveria
ser exceção, constitui-se regra.
Mas
os tempos novos estão chegando. De um país de tradição de guerra as notícias de
muros derrubados já pertencem a um passado de repressão e as cortinas de ferro
do Leste Europeu cederam espaço a lugares desimpedidos onde todos os habitantes
daquelas regiões podem viver felizes.
Essa
benéfica repercussão tem maior grandiosidade do que os fatos
envolvendo paixões de amores que
dão adeuses em mãos frias, silenciando o presente.
Mesmo
nessas circunstâncias, aparentemente sombrias, há um toque de despertar para os
valores imperecíveis a todos que se ligaram nestes incidentes do caminho.
Qualquer
que seja a circunstância, a criatura humana tem oportunidade de se refazer,
buscando clarear seus horizontes de neblinas passageiras.
O
impacto de notícias fortes servem para despertar pessoas que não pensavam
existir uma realidade mais concreta que seus dias de monotonia.
É
claro que o susto pode causar traumas emocionais; a força das contingências se
impõe como a semente que se arrebenta para nascer. Mas depois vem a renovação
do que foi gasto, com as lições do equilíbrio.
Em
tudo a criatura humana tem o aprendizado que quiser. Há emoções fortes, há
emoções fracas, há até falta de emoções. Isto não quer dizer que não conseguirá
obter o que lhe falta. Mais cedo ou mais tarde é questão de tempo.
Ninguém
deixa de aprender. A vida dá aula individuais ou coletivas, conforme as provas que escolheram.
Quando
pensamos que algo vai correr ao nosso encontro, realizando-nos desejos
pessoais, logo surgem os acontecimentos que realmente vêm contribuir em nossa
vida, embora sejam revestidos de desencantos.
Nessas
horas, a lágrima escorre dos nossos olhos como os pingos d'água à procura das
nascentes. O destino das águas é abrir caminhos.
Quem não se agrupa no serviço em comum, sentirá
solidão, mesmo que se embriague por agentes tóxicos e vagueie pelos lugares públicos.
Além
do desconforto emocional, a solidão mórbida gera sintomas que se convertem
simultaneamente em doenças no corpo
físico.
É
válido o recolhimento íntimo, onde se pode observar o roteiro da evolução que
lhe trará novas forças para recomeçar a luta nas comunidades em que estiver
ligado por laços de responsabilidade.
A
vida não exige de nós aquilo que não podemos dar. Somos nós mesmos que
refletimos nos acontecimentos que nos chegam a fim de receber as marcas de
nossa identidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário