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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

ELEGIAS DE DUÍNIO

“Não estavas sempre distraído pela espera, como se tudo anunciasse uma amada? (Onde a abrigarias, já que pensamentos amplos e estranhos te povoam e muitas vezes ficam noite adentro)” – in Elegias de Duínio (Duineser Elegien), Rainer Maria Rilke [tradução Karlos Rischbieter e Paulo Garfunkel]. – Rio de Janeiro: Record, 2002, 191p.
Ainda pela Editora Record – Rio, em 2002, veio a lume a edição bilíngue, as traduções de Rischbieter da obra Os Sonetos a Orfeu, de Rainer Maria Rilke, com distribuição nas principais livrarias do País.  
Anteriormente, com o título “Senhor, é tempo”, o escritor Karlos Rischbieter traduziu uma seleção de poemas extraídos da extensa obra do autor alemão Rilke, lançados nos idos de 1993, pela Posigraf, Curitiba – PR. No ano anterior, pela mesma editora, Paul Garfunkel (1900/1981): um francês no Brasil, organização Karlos Rischbieter, apresentação Jaime Lemer, Rafael Greca de Macedo, referente à pintura francesa.
Nos idos de 2008, a Travessa dos Editores publicou Fragmentos de Memória – KARLOS RISCHBIETER, um livro de autobiografia (260 pp.) que narra a infância em Blumenau –SC e, na vida adulta, a trajetória a serviço do governo federal, presidente da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil e, ainda, como ministro da Fazenda.
O livro Outonal – Um Amor de Viagem, de Karlos Rischbieter, Kafka Edições, 217 pp., mereceu o elogio publicado no blog Gaveta do Ivo, de Ivo Barroso, membro da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil: “Enriquecido com inúmeras e delicadas aquarelas feitas at sight pelo próprio narrador, o texto todo exala ainda um perfume recorrente de magníficas refeições feitas ao longo do percurso.”
Na tarde chuvosa de 8/12/2005, em que parou todo o trânsito da cidade do Rio de Janeiro, quis o destino: Karlos Rischbieter o 1° ex-presidente do Banco do Brasil homenageado no CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil, onde o escritor Fernando Pinheiro, a convite, proferiu um discurso, de improviso, enaltecendo a gestão Rischbieter (9/2/1977 a 16/3/1979) e encerrando o 6° Seminário Banco do Brasil e a Integração Social. [RISCHBIETER HOMENAGEADO NO CCBB – 30/12/2012 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
RISCHBIETER, Karlos, presidente do Banco do Brasil (9/2/1977 a 16/3/1979) – Atuação do Banco do Brasil como agente financeiro do Governo, palestra proferida, em 26/5/1978, na Escola Superior de Guerra. – Autorização concedida, em 26/10/2005, por Karlos Rischbieter. Mensagem de saudação às delegações participantes da Jornada de AABBs. – Idem, idem. Discurso de despedida do cargo de presidente do Banco do Brasil, em 16/03/1979 – Idem, idem. – in Bibliografia da HISTÓRIA DO BANCO DO BRASIL (1906 a 2011), de Fernando Pinheiro, obra disponibilizada ao público na internet no site www.fernandopinheirobb.com.br
Retomando a citação da tradução de Rischbieter em Elegias de  Duíno, de Rainer Maria Rilke, é uma pergunta que fica no ar: “Não estavas sempre distraído pela espera, como se tudo anunciasse uma amada?” A pessoa não percebeu as circunstâncias favoráveis que mostravam a presença da pessoa amada. Isto aconteceu na época em o poeta Rilke escreveu Elegias de Duíno, em 1923, como acontece nos tempos atuais.
O poeta alemão responde à própria pergunta demonstrando a preocupação daquele que espera, sem saber do que está ocorrendo: “(Onde a abrigarias, já que pensamentos amplos e estranhos te povoam e muitas vezes ficam noite adentro).”
A rotina também se esgota e a reinvenção da vida é o chamado que a poetisa Cecília Meireles nos sugere. Para que acumular, em nosso íntimo, informações que nada tem a ver com o que somos na realidade? [PÉGASO XXXVIII – 21 de fevereiro de 2016].

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