“Não estavas sempre distraído pela espera,
como se tudo anunciasse uma amada? (Onde a abrigarias, já que pensamentos
amplos e estranhos te povoam e muitas vezes ficam noite adentro)” – in Elegias
de Duínio (Duineser Elegien), Rainer Maria Rilke [tradução Karlos Rischbieter e
Paulo Garfunkel]. – Rio de Janeiro: Record, 2002, 191p.
Ainda
pela Editora Record – Rio, em 2002, veio a lume a edição bilíngue, as traduções
de Rischbieter da obra Os Sonetos a Orfeu, de Rainer Maria Rilke, com
distribuição nas principais livrarias do País.
Anteriormente,
com o título “Senhor, é tempo”, o escritor Karlos Rischbieter traduziu uma
seleção de poemas extraídos da extensa obra do autor alemão Rilke, lançados nos
idos de 1993, pela Posigraf, Curitiba – PR. No ano anterior, pela mesma
editora, Paul Garfunkel (1900/1981): um francês no Brasil, organização Karlos
Rischbieter, apresentação Jaime Lemer, Rafael Greca de Macedo, referente à
pintura francesa.
Nos
idos de 2008, a Travessa dos Editores publicou Fragmentos de Memória – KARLOS
RISCHBIETER, um livro de autobiografia (260 pp.) que narra a infância em
Blumenau –SC e, na vida adulta, a trajetória a serviço do governo federal,
presidente da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil e, ainda, como
ministro da Fazenda.
O
livro Outonal – Um Amor de Viagem, de Karlos Rischbieter, Kafka Edições, 217
pp., mereceu o elogio publicado no blog Gaveta do Ivo, de Ivo Barroso, membro
da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil: “Enriquecido com
inúmeras e delicadas aquarelas feitas at sight pelo próprio narrador, o texto
todo exala ainda um perfume recorrente de magníficas refeições feitas ao longo
do percurso.”
Na
tarde chuvosa de 8/12/2005, em que parou todo o trânsito da cidade do Rio de
Janeiro, quis o destino: Karlos Rischbieter o 1° ex-presidente do Banco do
Brasil homenageado no CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil, onde o escritor
Fernando Pinheiro, a convite, proferiu um discurso, de improviso, enaltecendo a
gestão Rischbieter (9/2/1977 a 16/3/1979) e encerrando o 6° Seminário Banco do
Brasil e a Integração Social. [RISCHBIETER HOMENAGEADO NO CCBB – 30/12/2012 –
blog Fernando Pinheiro, escritor].
RISCHBIETER,
Karlos, presidente do Banco do Brasil (9/2/1977 a 16/3/1979) – Atuação do Banco
do Brasil como agente financeiro do Governo, palestra proferida, em 26/5/1978,
na Escola Superior de Guerra. – Autorização concedida, em 26/10/2005, por
Karlos Rischbieter. Mensagem de saudação às delegações participantes da Jornada
de AABBs. – Idem, idem. Discurso de despedida do cargo de presidente do Banco do
Brasil, em 16/03/1979 – Idem, idem. – in Bibliografia da HISTÓRIA DO BANCO DO
BRASIL (1906 a 2011), de Fernando Pinheiro, obra disponibilizada ao público na
internet no site www.fernandopinheirobb.com.br
Retomando
a citação da tradução de Rischbieter em Elegias de Duíno, de Rainer Maria Rilke, é uma pergunta
que fica no ar: “Não estavas sempre distraído pela espera, como se tudo
anunciasse uma amada?” A pessoa não percebeu as circunstâncias favoráveis que
mostravam a presença da pessoa amada. Isto aconteceu na época em o poeta Rilke
escreveu Elegias de Duíno, em 1923, como acontece nos tempos atuais.
O
poeta alemão responde à própria pergunta demonstrando a preocupação daquele que
espera, sem saber do que está ocorrendo: “(Onde a abrigarias, já que pensamentos
amplos e estranhos te povoam e muitas vezes ficam noite adentro).”
A
rotina também se esgota e a reinvenção da vida é o chamado que a poetisa
Cecília Meireles nos sugere. Para que acumular, em nosso íntimo, informações
que nada tem a ver com o que somos na realidade? [PÉGASO XXXVIII – 21 de
fevereiro de 2016].
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