O mundo dos sonhos é o mundo de frequência de
ondas onde colocamos o pensamento, assim podemos sonhar com pessoas que
sentimos afinidade, independente se elas estão vivendo no mundo físico ou não,
pois não há obstáculo de comunicação em que a sintonia é realizada.
E mesmo
não há barreiras entre as dimensões de consciência planetária, tanto neste orbe
de densa consciência, onde a dor ainda existe, como naqueles mundos felizes em
que a multidimensionalidade está presente plasmando o paraíso sonhado.
Uma linda
moça, a Virgem dos poetas, nascida na cidade de Nazaré, sonhou com o anjo
Gabriel anunciando-lhe o nascimento daquele redentor que sairia da tribo de
Judá, região famosa pela tradição do culto do Deus único. Esse anúncio sagrado
veio se caracterizar com o reconhecido Natal comemorado em todas as partes do
mundo.
No
final da recente entrevista concedida a Globo News, o escritor Martin Gayford,
autor da biografia de Michelangelo, disse ao jornalista Sílio Boccanera que o
célebre escultor italiano lhe ofereceu, em sonhos, uma taça de vinho
demonstrando que estava satisfeito com a biografia apresentada. Houve apenas um
brinde com as taças, sem especificar a qualidade do vinho. O repórter
brasileiro brincou com o autor: deve ter sido vinho de 500 anos e citou nomes
famosos, entre risos que se despediam.
Durante
alguns meses, estive me preparado para realizar a palestra Por onde andou
Villa-Lobos?, proferida em épocas distintas na Casa do Ceará, localizada na Av.
Presidente Antônio Carlos, e no Auditório do 21° andar – Banco do Brasil – Rua
Senador Dantas, 105, Rio de Janeiro – RJ.
Na
véspera da apresentação da palestra na Casa do Ceará, sonhei com Villa-Lobos
num ambiente em que estava escrevendo músicas no mesmo afã que teve quando
estava vivendo no mundo físico. Com ar decidido e vitorioso de quem construiu a
identidade brasileira em música, disse-me sem deixar de olhar as partituras:
“diz que eu não morri”.
No
final da palestra, honrado com a presença de Ahygara Iacira Villa-Lobos, em
25/10/1994, à época, a única sobrevivente do famoso compositor, que se deixou
fotografar ao meu lado para compor a capa da obra Música para Canto e Piano, de
Fernando Pinheiro, transmiti à plateia o breve recado que muito me honrou como
admirador da obra de Villa-Lobos e seu perfil de personalidade vitoriosa que
alcançou glórias para o Brasil.
Ainda
no enlevo do sucesso da palestra apresentada, fui dormir à noite e vi a mesma cena
em que eu estava na tarde festiva e pude ver, em sonhos, em retrospectiva,
Villa-Lobos chegar ao auditório da Casa do Ceará, cumprimentando com um aceno
de chapéu as pessoas presentes e foi direto à mesa de honra onde estava a
sobrinha-neta e a abraçou num gesto afetivo que me impressionou.
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