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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

PÉGASO (XXXIX)

O mundo dos sonhos é o mundo de frequência de ondas onde colocamos o pensamento, assim podemos sonhar com pessoas que sentimos afinidade, independente se elas estão vivendo no mundo físico ou não, pois não há obstáculo de comunicação em que a sintonia é realizada.
E mesmo não há barreiras entre as dimensões de consciência planetária, tanto neste orbe de densa consciência, onde a dor ainda existe, como naqueles mundos felizes em que a multidimensionalidade está presente plasmando o paraíso sonhado.
Uma linda moça, a Virgem dos poetas, nascida na cidade de Nazaré, sonhou com o anjo Gabriel anunciando-lhe o nascimento daquele redentor que sairia da tribo de Judá, região famosa pela tradição do culto do Deus único. Esse anúncio sagrado veio se caracterizar com o reconhecido Natal comemorado em todas as partes do mundo.
No final da recente entrevista concedida a Globo News, o escritor Martin Gayford, autor da biografia de Michelangelo, disse ao jornalista Sílio Boccanera que o célebre escultor italiano lhe ofereceu, em sonhos, uma taça de vinho demonstrando que estava satisfeito com a biografia apresentada. Houve apenas um brinde com as taças, sem especificar a qualidade do vinho. O repórter brasileiro brincou com o autor: deve ter sido vinho de 500 anos e citou nomes famosos, entre risos que se despediam.
Durante alguns meses, estive me preparado para realizar a palestra Por onde andou Villa-Lobos?, proferida em épocas distintas na Casa do Ceará, localizada na Av. Presidente Antônio Carlos, e no Auditório do 21° andar – Banco do Brasil – Rua Senador Dantas, 105, Rio de Janeiro – RJ.
Na véspera da apresentação da palestra na Casa do Ceará, sonhei com Villa-Lobos num ambiente em que estava escrevendo músicas no mesmo afã que teve quando estava vivendo no mundo físico. Com ar decidido e vitorioso de quem construiu a identidade brasileira em música, disse-me sem deixar de olhar as partituras: “diz que eu não morri”.
No final da palestra, honrado com a presença de Ahygara Iacira Villa-Lobos, em 25/10/1994, à época, a única sobrevivente do famoso compositor, que se deixou fotografar ao meu lado para compor a capa da obra Música para Canto e Piano, de Fernando Pinheiro, transmiti à plateia o breve recado que muito me honrou como admirador da obra de Villa-Lobos e seu perfil de personalidade vitoriosa que alcançou glórias para o Brasil.
Ainda no enlevo do sucesso da palestra apresentada, fui dormir à noite e vi a mesma cena em que eu estava na tarde festiva e pude ver, em sonhos, em retrospectiva, Villa-Lobos chegar ao auditório da Casa do Ceará, cumprimentando com um aceno de chapéu as pessoas presentes e foi direto à mesa de honra onde estava a sobrinha-neta e a abraçou num gesto afetivo que me impressionou.

www.fernandopinheirobb.com.br

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