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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

CAMINHANTES DO DESERTO

Eratóstenes, Giordono Bruno, Galileu, Kepler, Copérnico e outros astrônomos sonharam como é bela a vida nas esferas  resplandecentes e, se comparada com a do planeta, vemos uma situação caótica.
Os  sonhos  dos  astrônomos eram verdadeiros, pois nos  estágios  da evolução, há mundos onde reina o amor, sem  nenhum traço emocional do homem que vive das influências  da matéria.
A lei da atração que une os átomos é a mesma que agrega os animais caminhando em bandos e no homem este impulso faz a aproximação com seus semelhantes, de forma voluntária ou compelida.
No mecanismo da atração, somos atraídos a lugares onde temos necessidade de realizar experiências importantes. As nossas tendências e gostos contribuem muito para que tenhamos a oportunidade de vivenciar aquilo que procuramos.
Como a maioria das pessoas não sabe o que realmente quer, vagueia em lugares tumultuados onde vê os outros em  idêntica situação, naquele processo que agrega os animais caminhando em bandos.
Desestruturada por uma sociedade que não encontrou o seu caminho, grande parte dos adolescentes busca, em formas variadas, algo que lhe dê satisfação de viver.
E numa busca desencontrada, o caminho dos prazeres dos sentidos é adornado de luzes fosforescentes nas noites de bebidas e dos tóxicos.
A educação materialista fracassou. Há necessidade da revisão do exemplo daqueles que lutaram por um mundo melhor.
O homem precisa ser autêntico, não aquele que vive, apenas, do físico, emocional e mental. O verdadeiro homem está em sua essência imortal. É neste núcleo que está toda a sua identidade.
Quando atinge a um nível de consciência superior aos estágios tridimensionais em que normalmente vive, o amor ganha conotações profundas e realiza os sonhos de viver feliz, numa felicidade que este mundo de aparências não tem poder de retirar.
É importante exteriorizarmos o que sentimos, mesmo que não haja palavras articuladas, porque grande parte delas está emocionalmente comprometida por doutrinas que lutam para se manter em alianças de negócio.
Mas a religião, aquela que une o homem ao Criador e está no íntimo de cada um, permanece intocável pelos erros humanos, sem a necessidade de aparecer nos montes ou nos templos; embora compreendamos o motivo da existência de reuniões de grupos em busca da fraternidade, sem barreiras  ideológicas.
No decorrer dos séculos, o significado dos traços de hieróglifos na legendária esfinge egípcia continua atual a desafiar os caminhantes do deserto e, de outros desertos  que
se instalam no coração do homem, sugerindo-lhes decifrar o enigma da vida.
Enquanto isto não ocorrer, lutas e recomeço se sucederão  em cadeias que têm um fim, pois a saturação, em qualquer nível, gera circunstâncias que formam outro estágio  evolutivo.
Quando vemos pessoas nas ruas, sem destino e sem lugar de morar e outras que têm mas não sabem onde querem chegar, entorpecidas por agentes químicos de plantas tóxicas, devemos ter compaixão por todas elas, sabendo que tudo nos envolve com um fim proveitoso.

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