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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

TOP MODEL

Paris é a capital da moda, do turismo e dos amores em festa. O filme Cover Girl, rodado em 1944, nos Estados Unidos, mostra como era a vida de manequim, atualmente modelo, sem ainda ter o glamour que o mundo veio adotar  com o “top model”, contratos milionários, horários rígidos de trabalho e propaganda internacional muito poderosa.
Nos Estados Unidos, a era do “top model” teve impulso inicial ao sucesso, nos idos de 1946, com a Ford Modeling Agency, à frente Eileen Ford (1922/2014), que começou a se rivalizar com as agências de modelo parisienses. Dois anos mais tarde, ela teve mais de 30 meninas em seus “books” de modelo, trazendo US$ 250 mil em receitas. [The Telegraph – 11/07/2014].
Segundo ainda o jornal britânico, os modelos femininos da Ford Models eram altas, esbeltas, geralmente loiras, de longos pescoços, pernas longas, seios bem formados como Suzy Parker e Jean Patchett que foram sucedidas por Lauren Hutton, Kim Basinger, Elle Macphersn, Brooke Shields e Christy Turlington, entre outras. Esse modelo de modelos mudou muito pouco ao longo das décadas que se sucederam.
O prestígio da Ford foi tão grande que muitas modelos passaram a fazer carreira de sucesso em Hollywood e muitas artistas de cinema passaram a ser modelo da agência, como Suzy Parker, Jane Fonda, Ali MacGraw, Brooke Shields, Candice Bergen, Kim Basinger, Lauren Hutton e Jean Shrimpton. [The Telegraph – 11/07/2014].
Nos idos de 1971, a Elite Model Management, de John Casablancas (1942/2013), cedeu modelos ou teve modelos compartilhados com a Agência Eileen Ford, em Nova York. Mas, a parceria não deu certo, segundo Casablancas porque “ela era uma puritana”, alguns diziam que a agência dela parecia um convento. A primeira supermodelo de Casablancas foi Christie Brinkley, depois vieram Cindy Crawford, Naomi Campbell, Claudia Schiffer, Gisele Bündchen [The Guardian – 24/07/2013].
No Brasil, o primeiro desfile de manequins aconteceu em 17 de julho de 1944, promovido pela Maison Canada-de-Luxe  ou, simplesmente, Casa Canada que foi a pioneira da alta costura no Brasil, uma loja de roupas importadas de Paris que tinha à frente de trabalho as irmãs Mena Fiala e Cândida Gluzman [Seixas, 2002].
Hipódromo da Gávea – Jockey Club Brasileiro promovia e ainda promove, anualmente, o Grande Prêmio Brasil, Copacabana Palace com festas em seus salões, Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com  óperas e concertos de galã, havia sempre a presença da high society que usava chapéus e roupas da Canada-de-Luxe.
Os colunistas sociais da época, Maluh de Ouro Preto, Jacinto de Thornes, Maneco Muller e Ibrahim Sued comentavam os eventos sociais que incluiam o nome de Carmen Mayrink Veiga, Beki Klabin, Teresa Souza Campos e Lourdes Catão, entre tantas outras socialités. Era ainda o tempo da mexicana Gloria Guinness (1913/1980) e da húngara, radicada nos EE.UU., Zsa Zsa Gabor, senhoras da moda e da elegância.    
Graças à participação no programa Flávio Cavalcanti, em 1970, Dener Pamplona de Abreu (1937/1978) teve divulgado o seu trabalho de estilista de alta costura. Nos idos de 1965, a modelo Maria Stella Splendore casou-se com Dener. Outro estilista de renome foi Clodovil Hernandes (1937/2009), alcançou o estrelato como apresentador de televisão em diversas emissoras, com passagem pela Câmara dos Deputados, em Brasília.
Por falar em Dener, lembramo-nos do jogador Dener (1971/1994) que passou pela Portuguesa, Grêmio e Vasco, jogador da seleção brasileira em 2 jogos, encantou os olhos de Maradona que o viu jogar. Era o Neymar da época, como se dizia. O local do acidente do carro que o levou à morte ainda é hoje uma referência, quase em frente ao Clube Naval Piraquê, onde as pessoas passam venerando-lhe à memória. Negociado com o Stuttgart, iria encantar a Europa, onde estava o jogador Dunga [Globo.com – 15/04/2014].
Os jornais da época diziam que ele morreu dormindo no banco de carona do seu carro Mitsubishi branco, isto leva-nos a pensar que no sono o corpo astral se desprende do corpo físico, ficando apenas uma pequena percentagem para movimentar os órgãos. Fácil para ele contemplar a vida em outra dimensão onde chegou como atleta vitorioso.  
Retomando ao tema central, a profissão “top model” é altamente rentável, mas como existe a competitividade no mercado no mundo da moda, a luta é acirrada, cabendo apenas alguns esse triunfo e glória. A brasileira Gisele Bündchen é, sem dúvida, a nossa estrela maior.
É sempre bom nos lembrar da trajetória de artistas que foram reverenciados por milhões de pessoas, fazendo a alegria de todos, em momentos em que nos identificamos com a moda, o cinema e o futebol.

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