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sábado, 6 de fevereiro de 2016

VOO DOS BEIJA-FLORES

Assim como existe beleza comovente no mundo das estrelas, no mundo dos homens na face da Terra significativos resultados são surpreendidos da vida de cada um.
O destaque honroso nem sempre possibilita a realização de sonhos que nascem n'alma. A sensualidade, os dotes artísticos e a riqueza de valores alienáveis podem ser desvirtuados da finalidade justa em que inicialmente foi proposta nos sonhos sem mácula.
A sensualidade, força mágica da vida, atrai os pólens que se fecundam numa dança suave, dando flores novas a todos os jardins; também desperta na mulher encantos que seduzem o homem.
Nesse ritmo de fecundação, as flores se abrem para gerar frutos; na mulher há associação do princípio da vida humana que começa dentro do seu corpo físico.
Essa força magnética, que embeleza a mulher e as flores, está na natureza. Não há mal algum se observar a vida resplandecer nos reinos vegetal e humano.
A mulher que canta, consolando corações tristes, num clima de ternura e poesia, traz o voo dos beija-flores disseminando pólens.
Há quem se oponha à valorização da sensualidade, sem saber que não há nada no universo sem uma finalidade própria. Até mesmo a existência desses opositores foi concebida num  clima sensual.
Na Idade Média, a mulher era vista como demônio, numa distorcida apreciação da vida. Em plena era dos descobrimentos cósmicos, quando surgem os ventos do 3º milênio, não pode haver mais crédito nas sugestões daqueles que defendem ensinamentos que aniquilam a condição divina  do homem.
A beleza física, os encantamentos dos gestos, a brejeirice do  olhar, a voz que fala de amor são estímulos para que a  pessoa viva feliz.
É por isso que, numa lição de incomparável beleza, o  pensamento filosófico cristão marca presença para revelar um  sentido profundo:  “se o teu olho for doente, verás doença em  tudo.”
Mas aquele que já se livrou dos preconceitos humanos, vendo em tudo a beleza surgir em lacunas que se completam, tem uma visão bem mais ampla onde os talentos voltam às suas  origens.

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