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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A ESTRADA DO SERTÃO


Em andamento dolente no compasso 2/4, nas claves de sol e de fá, a música A Estrada do Sertão, é de autoria de João Pernambuco (João Teixeira Guimarães – 1883/1947), o célebre autor do Luar do sertão, com letra do poeta Catulo da Paixão Cearense, gravado pelo cantor Vicente Celestino.
A Estrada do Sertão foi escrita, nos idos de 1946, na poesia de Wilson W. Rodrigues. Ao ensejo da solenidade presidida pelo escritor Fernando Pinheiro, em homenagem ao letrista, realizada, em 24/09/1997, na Casa França-Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, o poeta catarinense Solange Rech fez citações de autores consagrados. Vale assinalar:
“E, finalmente, consignamos as referências elogiosas de Guilherme de Almeida, o príncipe dos poetas brasileiros: “tudo está tão vivo nos versos sentidos do livrinho, e tão musical que a gente, quando lê aquelas linhas dançantes, tem a impressão de que aquilo é  letra para música.”
O estribilho da canção repete os versos do poeta baiano: “há sempre alguém esperando nas estradas do sertão... Quanta alegria nos que vêm e saudades dos que vão...”
Fora da partitura, os versos do poeta compara a estrada à saudade e recrudesce a intensidade do amor no reencontro dos amores, quando mais distante, fica muito mais amante. Na saudade não há tristeza por causa da certeza da volta, numa noite de luar, de quem caminha pela estrada conduzindo tropa e boiada [RODRIGUES, 1946].
A música ressalta os sentimentos dos amores que ficam aguardando a chegada dos entes amados e, ao mesmo tempo, revela a saudade daqueles que estão viajando.
A saudade é manifestação de amor. A certeza do regresso da pessoa amada elimina a tristeza. Aliás, num nível de consciência superior, onde a nossa mente se expande, não existe a separação. O amor tem esse dom: eliminar a distância. O pensamento é tudo, a revelação de nossa alma.
Quando a Terra ascender a um grau de evolução superior ao estágio atual em que se encontra não haverá mais confinamento, pois a inspiração daqueles que vieram ao mundo, somente para servir, fará a conexão com a espiritualidade superior espalhada nos mundos felizes.
A inspiração, quando está na consciência unificada, é muito diferente da consciência dissociada que trata de assuntos, embora respeitáveis, referentes ao bem/mal, certo/errado, saúde/doença e outras dualidades que caracterizam esta densa consciência planetária que está indo embora.
Vamos ingressar na nova consciência planetária, a quinta dimensão unificada, onde não existem mais os desencantos que confinam a humanidade sofredora a sombras, e nada mais, cerca de 5 bilhões de pessoas, sendo que os 2 bilhões restantes já estão vivendo a transição planeta.
 
Blog  Fernando Pinheiro, escritor

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