Transição planetária. Acontecimentos que envolvem milhões de pessoas, memória institucional, narrativa de sonhos, relacionamentos, saúde mental, música, cinema e balé.
O romance da primeira hora parece ter acabado. Sonhos coloridos esvaeceram
como bolhas de sabão, apenas um rastro invisível ficou no ar.
Assim são as ligações
afetivas desfeitas. A realidade desdobra uma camada espessa como as neblinas
nas montanhas. Situações novas ganham um colorido de outras cores. O que parece estranho, no princípio, vai aos poucos se
amoldando às conjunturas do dia-a-dia. Mudar de situações amorosas requer um
enfoque novo, onde a parte desconhecida vai à frente em todos os planos.
Nas ligações que
surgem dos contatos diários vão sendo elaboradas novas circunstâncias que
servem de experiências necessárias a cada um. Outros interesses, que são
atraídos, são satisfeitos no limite de suas carências.
A presença da
mãe-solteira está aumentando muito nesses últimos tempos, em decorrência da
necessidade que sentem os pares em outros anseios.
A inconformação e a
indiferença esfriam o relacionamento esfriam o relacionamento a dois que passa
a viver em monotonia e tédio. Como todos têm o direito de se recompor em suas
vidas, buscam sempre o que está faltando.
Como o discernimento
de suas necessidades é um ponto questionável a todo instante, os enredos se
ligam em amores que lhes despertam a atenção, entrelaçando-se como se fossem
linhas que se cruzam sem a percepção das pontas que deveriam se juntar,
recompondo um novelo completo.
Há tantas lacunas no
campo sentimental que sempre estamos reencontrando pessoas que precisam ser
estimuladas por um sorriso ou um olhar carregado de amor. Nesses encontros, o
olhar das mães solteiras chega-nos com uma ternura acalentada em suas horas
solitárias. É, em outras palavras, a força do instinto materno sobressaindo
acima de todas as dificuldades.
A mulher tem o dom de
garantir a continuação da vida, porque sabe aquecer, em seu coração, o filho
que se prepara a viver sem a presença física do pai.
Como o questionamento
do viver hoje passou a ser abordado em hábitos anteriormente considerados
tradicionais, vê-se que o vento novo renova ambientes saturados. Nessa imagem
dos fatos, a postura da mulher sobressai em posições sociais onde não teme a
incompreensão alheia acerca de sua vida sem o companheiro que lhe encantou os
sonhos e deixou em seus braços o sangue do seu sangue.
Há sempre nela uma
confiança no futuro. No caminho de pedras, colhe flores para alegrar seu filho
amado, como se estivesse cercada por um jardim florido. A esperança cria sonhos
doces e toda criação mental é força que se materializa.
No paraíso das aves,
quando os filhotes estão recém-nascidos, o macho voa em busca de alimentos e
deixa a fêmea cuidando do ninho, numa demonstração clara que na natureza os
rumos de cada criatura são em direção do destino que lhe apraz, sempre buscando
a amenidade dos ventos brandos.
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