Todos buscam ser felizes. Mas o que
muitos chamam de felicidade é a realização de seus desejos no campo dos
interesses imediatistas.
Ainda
sem compreender o interesse maior que transcende às necessidades da matéria, o
homem busca algo que lhe dê satisfação. Assim, coloca o pensamento em alguma
coisa que lhe desperte atenção. Começa, então, a fazer planos, como viajar,
arranjar uma companheira, adquirir bens de consumo.
Nesse
tempo todo antecedendo à realização de seus sonhos, desfruta momentos de
deleite, como se já tivesse possuído o que almeja. Mas, quando adquire aquilo
que tanto quis, fica inconformado e deseja algo mais. Se for uma casa, deseja
outra maior, se for uma companheira, acha que têm outras capazes de lhes fazer
feliz.
Essa
busca pelo desejo insatisfeito é em decorrência de sua incapacidade de
compreender os desígnios superiores da
vida que lhe dão aquilo conveniente à sua evolução espiritual. Os
obstáculos e acidentes do caminho são marcas importantes para que observe como
é bonita a paisagem íntima em que está envolvido.
A
inconformação é um marco que estabelece a mudança de comportamento. Isto não
quer dizer que a situação anterior não fazia sentido, pois pode haver
crescimento interior na mais intrincada adversidade. O desgaste do
relacionamento interpessoal é atribuído a quem não apreciou o trabalho nos dias
de sol abrasador ou numa chuva torrencial.
A
dificuldade das horas difíceis não pode ser motivo de desânimo para aqueles que
têm um ideal, numa ética imperecível.
A
troca de atitudes pode ser benéfica para quem compreende a hora em que tal fato
não mais faz parte do momento presente. Mas pode ser embaraço para aqueles que
não acompanham o desenrolar de todos os movimentos da relação interpessoal.
Em
qualquer situação difícil, devemos buscar a inspiração para que a parte que nos
diz respeito seja cumprida integralmente, confortando aqueles que nos
acompanham os passos, com as marcas do nosso amor e ternura.
E
se, ainda, persistir alguma dúvida na lacuna que se nos apresenta, entreguemos
a Deus o nosso cuidado nas ligações dos afetos que buscamos, pensando na
felicidade deles.
Temos
exatamente aquilo que devemos ter, nem falta nem excesso. A vida nos responde
aos apelos na medida exata de nossa integração na harmonia que nos beneficia o
viver e daqueles que elegemos como participantes de luta em comum, no lar e nos
lugares por onde passamos.
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