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sábado, 26 de março de 2016

A BUSCA DA FELICIDADE

Todos buscam ser felizes. Mas o que muitos chamam de felicidade é a realização de seus desejos no campo dos interesses imediatistas.
Ainda sem compreender o interesse maior que transcende às necessidades da matéria, o homem busca algo que lhe dê satisfação. Assim, coloca o pensamento em alguma coisa que lhe desperte atenção. Começa, então, a fazer planos, como viajar, arranjar uma companheira, adquirir bens de consumo.
Nesse tempo todo antecedendo à realização de seus sonhos, desfruta momentos de deleite, como se já tivesse possuído o que almeja. Mas, quando adquire aquilo que tanto quis, fica inconformado e deseja algo mais. Se for uma casa, deseja outra maior, se for uma companheira, acha que têm outras capazes de lhes fazer feliz.
Essa busca pelo desejo insatisfeito é em decorrência de sua incapacidade de compreender os desígnios superiores da  vida que lhe dão aquilo conveniente à sua evolução espiritual. Os obstáculos e acidentes do caminho são marcas importantes para que observe como é bonita a paisagem íntima em que está envolvido.
A inconformação é um marco que estabelece a mudança de comportamento. Isto não quer dizer que a situação anterior não fazia sentido, pois pode haver crescimento interior na mais intrincada adversidade. O desgaste do relacionamento interpessoal é atribuído a quem não apreciou o trabalho nos dias de sol abrasador ou numa chuva torrencial.
A dificuldade das horas difíceis não pode ser motivo de desânimo para aqueles que têm um ideal, numa ética  imperecível.
A troca de atitudes pode ser benéfica para quem compreende a hora em que tal fato não mais faz parte do momento presente. Mas pode ser embaraço para aqueles que não acompanham o desenrolar de todos os movimentos da relação interpessoal.
Em qualquer situação difícil, devemos buscar a inspiração para que a parte que nos diz respeito seja cumprida integralmente, confortando aqueles que nos acompanham os passos, com as marcas do nosso amor e ternura.
E se, ainda, persistir alguma dúvida na lacuna que se nos apresenta, entreguemos a Deus o nosso cuidado nas ligações dos afetos que buscamos, pensando na felicidade deles.
Temos exatamente aquilo que devemos ter, nem falta nem excesso. A vida nos responde aos apelos na medida exata de nossa integração na harmonia que nos beneficia o viver e daqueles que elegemos como participantes de luta em comum, no lar e nos lugares por onde passamos.

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