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terça-feira, 1 de março de 2016

PÉGASO (XXXIX)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
A lua doce enchendo o céu inteiro, na canção Margherita, de Riccardo Cocciante, testemunha o silêncio construído sem que ninguém tenha ouvido falar “porque Margherita é doce, porque Margherita é real, porque Margherita ama.”
O carro Mercedes-Benz SL500, que eu dirigia, era o mesmo modelo usado pela princesa Diana, só que o dela era conversível, de cor vermelha, com capota metálica, e o meu era branco, sem capota, parou numa curva no alto da montanha, onde havia um mercado que expunha garrafas de refrigerante, o conteúdo cor de uva rosada, de sabor adocicado, parecia ser guaraná Jesus, produto que divulga o Maranhão, assim como o guaraná Fratelli Vita divulgou, por muito tempo, o estado de Pernambuco.
Segundo a Revista AABB – Rio – 1962, em visita oficial de 3 dias (21, 22, 23 de fevereiro de 1962), o presidente Ney Galvão visitou o Nordeste. Esteve em 23/2/1962, no Palácio Campo das Princesas, onde foi recebido por Cid Sampaio, governador de Pernambuco. Visitou o Frigorífico do Nordeste e a Fosforita Olinda e, ainda, a Usina Santa Tereza, no município de Goiana. À noite, foi homenageado no Clube Internacional do Recife. O industrial Miguel Vita, presidente da empresa que fabricava o refrigerante Fratelli Vita, famoso no Recife, iniciou o discurso de saudação ao presidente do Banco do Brasil, afirmando as constantes visitas dos homens de Governo, no Recife: “... um encontro com a indústria nordestina, como responsável e interessada direta em grande parcela do desenvolvimento nacional.” – in HISTÓRIA DO BANCO DO BRASIL (1906 a 2011), de Fernando Pinheiro. 
Retomando ao tema central: uma coisa chamou-nos a atenção, o refrigerante não estava à venda, era doação da casa a quem quisesse. Aliás, nos sonhos não compramos nada. Casa, carro, apartamento, fazenda de 1.500 cabeças de gado, jatinho particular, o que pensamos ter, temos na hora, de graça. Até moramos em vivendas palacianas, onde o luxo e o requinte está acima do que se possa supor. No entanto, nunca sentimos dono de qualquer coisa.
No amor é a mesma coisa. A mulher, que estava me acompanhando, era de valor inestimável, como se diz: não tem preço. Beleza feminina estava em todos os detalhes, um mulheirão para encher os olhos. Ela usava o mesmo modelo de vestido usado pela atriz Cate Blanchett, na cerimônia do Oscar 2016. Era um vestido em tons-seafoam costurado a mão, aglomerados de cristais e penas brancas da coleção Armani Privé, Paris.
O meu traje era o mesmo modelo de terno que usei no Auditório da Presidência do BB, em Brasília, em 28/9/1993, quando o presidente, em exercício, Synval Guazzelli elogiou, em discurso de improviso, o meu trabalho à frente da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil. Depois, em 26/4/1994, voltei ao mesmo lugar, onde fui elogiado, para presidir a solenidade de posse do acadêmico Geraldo Magela da Cruz Quintão, advogado-geral da União [foto da capa da obra BANCO DO BRASIL – CONSULTORIA JURÍDICA – Ensaios históricos (1922/2002) – Autores diversos].    
Depois que ela tomou o refrigerante, a olhei e lhe disse: vamos nos levantar da mesa servida e ela, num átimo, estava em pé. Emocionado, num nível em que já não há mais oscilação, pois tudo que está na consciência dissociada planetária oscila. Eu sussurrei em seus ouvidos: não vamos mais nos separar. Ela anuiu e o sorriso aflorou. Abraçamo-nos com ternura, lembrando-nos que a lua doce enchia o céu inteiro e chegava a nós em doce encanto.
O que leva um casal a se separar, mesmo que entre ambos haja amor e ternura? Bem, somos livres para pensar e agir, mas o que pensamos e agimos passamos a ser condicionados à direção e à circunstância em que foi gerado o que fizemos. Não é dito que a semeadura é livre e a colheita obrigatória?
Um cochilo pode nos tirar do foco, como aconteceu, no calendário chinês onde o gato, segundo é divulgado, um animal preguiçoso, estava dormindo em cima do elefante e caiu no rio, por isso não faz parte do ano zodiacal em que é obedecido por 1,3 bilhão de pessoas. Esse arquétipo é forte, e ainda tem brasileiras procurando namorar gatos, procurando cair no precipício.
O importante é o momento em que nos chega para desfrutarmos da felicidade que sentimos ser eterna, como eterno é o amor das pessoas felizes. Toda a placidez do lugar, iluminado por uma lua doce, era refletido em nós. A doçura da lua era a doçura que a amada sentia vir de mim e eu a sentia doce como se a lua estivesse mais perto dela.

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