Das fontes límpidas nascem os
mananciais da vida. Tudo vem se alimentar nelas. A beleza que sentimos no
íntimo irá nos propiciar a aproximação da beleza que vem dessas fontes.
No
campo físico, as nascentes d'água dão vida ao solo e tudo que nele vive. No
campo etérico, a fonte da inspiração abastece a criação da arte e da beleza que
se expressam na música harmoniosa, na poesia, no teatro e nos gestos daqueles
que manifestam amor e ternura.
As
andorinhas em bandos fazem o verão, as flores se abrindo a primavera, as
manadas de animais a romaria para os lugares férteis.
Os
homens de uma nação seguem as conjunturas políticas de grupos que se renovam em
períodos sucessivos. Os modelos econômicos e políticos são experimentados com a
finalidade de buscar novas forma de governo.
O
que vemos no mundo inteiro é o caminhar das nações imitando os passos das
manadas de animais em busca de lugares férteis. A fome, a sede e o abrigo são
necessidades comuns em ambos os casos.
O
instinto da conservação impulsiona os animais a sobreviver, mesmo que isto lhes
custe muitas caminhadas. Esse atavismo do reino animal chega aos homens com
maior nitidez, iluminado pela inteligência e pela razão.
Nesse
estágio de percepção, cria-se, no reino humano, a idéia de luta pela
sobrevivência. Os homens sentem necessidade de buscar na fonte do trabalho o
meio de sobreviver.
Como
todos buscam a mesma fonte, subordinados a
uma educação que estabelece as
regras de conduta, há um atropelamento na avidez pela aquisição dos valores
imediatos onde se vê
os caídos que não tiveram a astúcia e a esperteza de derrubar seus
companheiros.
Esse
jogo de disputa é próprio num mundo competitivo em que vivemos, abrangendo a
política, o mercado de trabalho e até mesmo as ligações de casais que dele
recebem forte influência.
Nas
mudanças políticas, consequentemente econômicas, cria-se um clima de incerteza,
mesmo que os técnicos de planejamento observem as diretrizes a serem tomadas.
Há muitos interesses em jogo, grupos econômicos influindo na economia,
trabalhadores reivindicando melhores salários, necessidades coletivas a serem
supridas.
A
fonte do abastecimento, espalhada nos mananciais da vida, está sempre fecunda.
Os animais para sobreviver não se
atropelam e seguem em romaria ouvindo a voz do instinto conservador.
Numa
imitação fragmentada, os homens, buscando os recursos para a sobrevivência do
corpo físico, não se reúnem em grupo como as manadas de animais. Há um
sectarismo em todas as suas atividades. O interesse da recíproca é gritante.
Dá-se a quem pode retribuir.
Mas
esta consciência egocêntrica gera desníveis no equilíbrio social e não resiste
mais a mudanças políticas que se operam no mundo inteiro.
O
progresso é um bem comum. Ninguém pode mais viver isolado num mundo que tende a
se integrar num clima de solidariedade a tudo que o compõe.
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