A criatura humana busca as
distrações como recurso a afugentar aquilo que lhe causa incômodo. O desconforto
emocional é a prova de suas frustrações e desencantos.
Quando
está inconformada com a vida, mergulha no mundo da embriaguez. Embriaga-se por
sexo, embriaga-se por trabalho excessivo, embriaga-se pelo destaque social onde
não compreende a finalidade de seus talentos.
Ainda
sem compreender as situações que a envolvem, ela não aceita a realidade que lhe
trouxe o reflexo daquilo que deve ser, em desacordo com os sonhos acalentados.
Quantas
situações de desagrado passa a criatura humana, em decorrência de suas atitudes
que tiveram um impulso ligeiramente leviano! A tristeza lhe tolda o aspecto
agradável que deveria ter.
É
justamente nessas horas, aparentemente tristes, que o mecanismo das energias
interiores, o arrependimento para muitos, lhe movimenta a realidade em que está
mergulhada para que tome conhecimento do seu proceder anterior.
Este
encontro consigo mesmo é fundamental para que haja a conscientização do que
está ocorrendo, a fim de que sejam observados os pontos relevantes do seu
viver.
A
vida é um momento mágico, onde vemos olhares femininos derramados em ternura e
emoções que procuram nos identificar.
Esses
encontros dos olhares têm um significado muito grande. É o reflexo dos
pensamentos em direção das pessoas que vêm contribuir na felicidade que buscamos,
embora as tenhamos perto de nós por alguns instantes.
Esses
olhares meigos de mulher são a busca em outras pessoas daquilo que ela não
encontra em seus parceiros. Não há sinal algum de desaprovação naqueles que a
observam com ternura.
Em
síntese, quando a mulher exterioriza o amor em direção daquele que a comove,
ela está à procura de Deus – o amor de tudo que existe. É comovente o olhar
feminino, qualquer que seja a circunstância em que se encontre.
Os
laços de família são sagrados, pois é o cumprimento da lei de causa e efeito
para aqueles que sentem que não há clima de reconciliação numa vida de lutas
incessantes.
Mas
as energias humanas têm um limite. Cada um deve saber quando pode permanecer em
determinada situação sem ter a necessidade de voltar, algum dia, em algum
lugar, às tarefas inacabadas.
No
universo nada fica incompleto. A lacuna está sempre voltada ao seu
preenchimento, por isso as ligações dos amores que se prendem pelo casamento
têm uma razão de ser, embora devamos reconhecer que somente os vínculos onde
reina o amor têm caráter definitivo.
Assim
como o homem pensa que o Sol nasce no horizonte, devido aos movimentos do
planeta, devemos louvar os códigos de ética que estabelecem a união dos casais,
certos de que não há ligação alguma sem proveito.
E
toda vez que sentimos olhares de ternura de mulheres embaraçadas em suas vidas
íntimas, devemos retribuí-los, a fim de que essa vibração, embelezando a vida,
passe por nós em direção aos destinos que Deus dá.
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