Quando o rio nasce, suas águas saem
dos filetes das rochas e se concentram na porção mais condensada. Começa,
então, um movimento em direção ao mar.
A
movimentação humana, rumo ao destino, segue por etapas que se ligam entre si,
formando situações próprias, de acordo com os movimentos empreendidos.
No
início de sua caminhada, o homem vem de um silêncio interior como as águas que
saem do cristal, para se ambientar com o mundo externo que possui
características peculiares à situação em que se encontra.
No
percurso as metas que lhe são reservadas, ao perceber a missão inteligente do
seu viver, o homem se defronta com os obstáculos.
Quando
as águas encontram barreiras que lhes impedem o avanço, se avolumam para
vencê-las, num ímpeto de força e expansão.
A
resistência que o homem encontra em seu caminho é em decorrência da falta de
exposição de motivos que justifiquem o curso normal de seus planos. Diante da
simplicidade tudo se clareia.
A
resistência é enfocada pela mídia como zona de conforto, isto satisfazendo a
ambas as partes: as que estão em relevo social e trabalhista e as que desfrutam
desses conforto proporcionado por quem trabalha, sem que haja, a nível
profundo, uma diferença entre elas.
A
concorrência a postos de destaque é comum na vida humana, mas nem todos têm os
mesmos objetivos.
Quando
há perda de lugares não se pode atribuir isso ao fracasso de quem não se
posicionou ao destaque. Se o homem mantiver uma posição que não corresponda à
energia de sua natureza vocacional, se tentar avançar, atrairá contra si
contingências de forças que vêm se desenvolvendo no ritmo do equilíbrio.
Então,
o resultado será o fracasso que repercutirá tão intensamente quanto forem as
forças em choque. O ambiente perderá um colaborador e na perda novas diretrizes
surgirão.
A
vocação do homem lhe chama onde ele estiver. Essa voz repercute em seu íntimo
em qualquer circunstância em que se encontra. Passar uns tempos em determinadas
situações é imposição dos reflexos que saem da alma guiando aos rumos do seu destino.
Não
há mal em alguém permanecer ou deixar de permanecer em lugares ou situações
que, aparentemente, não lhe dizem respeito.
O
fracasso e o sucesso são resultados de alternância de nosso estado emocional.
Dentro da razão há um deslocamento de posição que estabelece a necessidade de
prosseguirmos no caminho com os meios adequados, colocados à nossa disposição,
que melhor nos possibilita o avanço.
Nesse
contexto há de se considerar as peculiaridades do grupo humano, onde as
ocorrências se desenvolvem, verificando-se primeiramente, como nos campos, as
condições de arar, adubar, cortar ervas daninhas, transmudar plantas de outros
canteiros ou, simplesmente, semear, semear como é o nosso caso.
Se ainda não existirem condições favoráveis,
podemos estar certos de que a força do destino nos tirará, mesmo sem a nossa
vontade explícita, do lugar onde a necessidade
maior vem antecedida do plantio.
Como
as sementes deixadas no ambiente de trabalho –
sementes virgens – no ritmo da evolução, alguém no futuro se encarregará
de fazê-las germinar no espaço adequado, revelando em seus gestos a continuação
do que fizemos.
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