Páginas

sexta-feira, 25 de março de 2016

LEMBRANÇAS AMÁVEIS

Frequentador assíduo do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e da Sala Cecília Meireles, e ainda de outros palcos iluminados, temos lembranças amáveis dos grandes espetáculos da música onde se apresentaram maestros de importantes orquestras sinfônicas e solistas no canto e nos instrumentos, principalmente piano, flauta, oboé e violino.
Vale transcrever textos da obra HISTÓRIA DO BANCO DO BRASIL (1906 a 2011), de Fernando Pinheiro, obra disponibilizada ao público pela internet no site www.fernandopinheirobb.com.br
O tenor lírico Fernando Augusto Ferreira Cunha, de saudosa memória (posse no BB: 25/10/1962), teve passagem pela Direção Geral do Banco do Brasil – CAMIO/GECAM (década de 70), época em que se apresentou no Teatro Glauce Rocha, Av. Rio Branco, 179 – Rio de Janeiro, na presença de dezenas de companheiros de trabalho que foram ouvir a interpretação da música O Lola (Siciliana) da Cavalleria Rusticana, de Pietro Mascagni, e a ária Je crois entendre encore, da ópera Les perchêurs de perles, de Bizet.
A belíssima canção Siciliana, no mundo inteiro, teve a gravação de inúmeros cantores e a que nos faz lembrar de Fernando Augusto é a interpretada pelo tenor lírico Marko Lampas que possui aparência física semelhante ao nosso ex–companheiro de trabalho.
Outra música siciliana, Brucia La Luna, Brucia La Terra, de Nino Rota fez parte da trilha sonora do filme O Poderoso Chefão, estrelado por Marlon Brando no papel–título. [HISTÓRIA DO BANCO DO BRASIL (1906 a 2011), de Fernando Pinheiro].
No palco montado sobre o lago da Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro, assistimos, no dia 26 de abril de 1987, ao Balé Nacional de Cuba que apresentou a solista cubana Alicia Alonso, a mais famosa bailarina das Américas (prima ballerina assoluta), que emocionou o público de 120 mil pessoas.
Posteriormente, conhecemos pessoalmente Alicia Alonso e até a cumprimentamos, na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, após o espetáculo Carmen, balé sob a coreografia de Antonio Gades, adaptado da ópera Carmen, de Bizet. Ela era a coordenadora do Balé Nacional de Cuba que se apresentara naquele oportunidade. Guardamos conosco o sorriso que Alicia Alonso nos deu ao agradecer ao cumprimento que lhe fizemos.
Notícia divulgada no mundo inteiro foi o discurso proferido, em 22 de março de 2016, no Gran Teatro de La Habana Alicia Alonso, por Barak Obama, presidente dos Estados Unidos, em visita oficial a Cuba. Mais uma vez o nome dela percorreu os quatro cantos do mundo.
Ainda na Quinta da Boa Vista, em 5 de novembro de 1989, assistimos ao Balé Bolshoi, tendo como solistas Alexander Vetrov, Natalya Arkhipova, Gediminas Taranda, espetáculo ao ar livre que reuniu 200 mil pessoas. Cinco anos depois, Gediminas Taranda lidera a criação do Imperial Ballet Company que realiza temporadas no Novaya Opera Theatre, Moscou, Rússia, e turnês pelo mundo inteiro, inclusive em Brasília, Goiânia, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Curitiba e outras cidades brasileiras.
Segundo a nossa amiga do facebook Nilza Lopes da Silva, oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores,  quando estava servindo no Consulado do Brasil em Moscou, assinou o visto de passaporte dos integrantes do Balé Bolshoi que vinha, pela primeira vez, ao Brasil.
Ao ensejo da inauguração do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, nos idos de 1909, vale salientar as palavras em discurso proferido pelo poeta Olavo Bilac: “dentro do teatro reside a vida civilizada, tudo quanto ela tem de sério e amável, de forte e de meigo.”
Inúmeros mestres da música se apresentaram no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, dentre os quais destacamos Richard Strauss, Arturo Toscanini e Kurt Masur que o conhecemos, nos idos de 1970, quando regeu a Orquestra Sinfônica Brasileira que comemorava o bicentenário de nascimento de Beethoven. Na ocasião, Kurt Masur conheceu a violista da OSB, Tomoko Sakurai, casando-se com ela em 1976. O maestro Masur voltou a reger a OSB, em 2010, num ciclo dedicado às sinfonias de Brahms.
Ficamos pensando na convivência feliz do maestro Kurt Masur com a soprano japonesa Tomoko Sakurai, durante muitos anos, por fim enfrentando a doença de Parkinson, em 2012, ocasião em que o maestro cancelou, em seu site, várias participações em eventos. No dia 19 de dezembro de 2015, ele veio a falecer. 
Ainda nos idos de 2010 assistimos à cantata Carmina Burana, de Carl Orff, sob a regência de Sílvio Viegas, com coro e orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, tendo como solistas Gabriella Pace, soprano, André Vidal, tenor, e Lício Bruno, barítono. Atualmente, a TV Globo, ao abrir a transmissão de jogos de futebol, apresenta o início da música de Carl Orff – O Fortuna – Carmina Burana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário