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terça-feira, 15 de março de 2016

MAESTRO KARABTCHEVSKY

O Brasil vive um momento mágico. É o auge da carreira do maestro brasileiro Isaac Karabtchevsky. Em 2009, ele foi indicado pelo jornal The Guardian, Londres, Inglaterra, como um dos ícones vivos do Brasil. Vale mencionar alguns eventos que mostram o prestígio do maestro, é claro que não são os mais importantes porque ele morou por mais de 20 anos no exterior, regendo grandes orquestras:
Com a promoção conjunta do Banco do Brasil e do Jornal O Globo, foi apresentado, em 7/9/1979, na rampa do Congresso Nacional, em Brasília, o Projeto Aquarius pela Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky [BIP – 1979]. No programa Invocação em defesa da Pátria, de Villa–Lobos, a música que vem sendo apresentada, em várias ocasiões, pelo Coral dos Funcionários do Banco do Brasil, na abertura do Seminário Banco do Brasil e a Integração Social, organizado pela Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil. [HISTÓRIA DO BANCO DO BRASIL (1906 a 2011), de Fernando Pinheiro].
Na entrevista concedida a repórter Daniela Lobo, a bailarina Ruth Lima, a primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, disse que dançou O Lago dos Cisnes, de Tchaikowisky, num palco montado em cima do lago da Quinta da Boa Vista. [Perfil Ruth Lima – Bloco 1 – Youtube – 11 de junho de 2012 – Vídeo enviado por TV-ALERJ – Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro]. Não sabemos se foi o mesmo espetáculo apresentado pelo Projeto Aquarius.
Organizador do Projeto Aquarius, Karabtchevsky regeu a Orquestra Sinfônica Brasileira na Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro, durante várias vezes, dentre as quais destacamos a apresentação do Rio Ballet, em 13 de maio de 1988, com os bailarinos Johnny Franklin e Ruth Lima.
Nos idos de 1993, acompanhado de um distinto senhor de cabelos brancos, a quem Karabtchevsky chamou-o de maestro, entramos no camarim no momento do intervalo da apresentação, lá estava Fernando Bicudo, então diretor do Theatro Municipal. Depois da felicitação do amigo do maestro, tivemos a oportunidade de convidá-lo para uma solenidade que veio a ter a presença de Alcir Calliari, presidente do Banco do Brasil (26/10/1992 a 15/2/1995). 
Olhamos para os olhos de Karabtchevsky e sentimos a emoção em não poder aceitar o honroso convite para ser membro honorário da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil, devido a compromissos assumidos. De igual modo, o ministro das Comunicações, então senador Hugo Napoleão, não pôde comparecer ao evento da Academia em que o avô, Hugo Napoleão (1892/1965), consultor jurídico do Banco do Brasil (1943/1944), é patrono (cadeira patronímica nº 23 da Academia).  
O que mais nos impressionou no maestro era a energia da música do compositor que tinha sido regida magistralmente, minutos antes, em momentos de rara beleza, em que sentimos algo inefável. Apesar de estar com o lenço branco enxugando suor em seu rosto, não havia nenhum sinal de cansaço, pelo contrário, era como se ele estivesse recebendo energia do plano astral superior. Nesse sublime enlevo, poderíamos dizer, sem errar, Antonin Dvorak estava presente e toda bagagem da Sinfonia nº 9 em Mi Menor, op. 95, conhecida popularmente Sinfonia do Novo Mundo.
Posteriormente, em 21 de agosto de 2012, a Sinfonia nº 9, de Dvorak, foi apresentada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, pela Orquestra do Maggio Musicale Fiorentino, sob a regência do maestro Zubin Mehta, casado com a atriz americana Nancy Kovack. Ainda no programa foi apresentada a Sinfonia nº 8 em Fá Maior, Opus 93, de Beethoven, Capricho Espanhol, de Nikolay Rimsky-Korsakoff. 
O Brasil vive um momento mágico. A apresentação, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, da Orquestra Petrobras Sinfônica, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky,  dia 18 de março de 2016, no programa Heitor Villa-Lobos – O Uirapuru, Hindemith – Os quatro temperamentos para piano e cordas, Nikolai Tcherepnin – Prelúdio nº 8 para violoncelo e piano (transcrição), Igor Stravinski – O pássaro de fogo, tendo como solista Flávio Augusto, piano.
Em 16/04/2016, no Theatro Municipal, a Orquestra Petrobras Sinfônica conduzida pelo maestro Isaac Karabtchevsky traz no programa Dimitri Cervo – Abertura Rio 2014, Max Bruch – Concerto Duplo Para Clarineta, Viola E Orquestra, Op. 88, Pyotr Ilyich Tchaikovsky – Sinfonia nº 5 em mi menor, op. 64.
Nos idos de 1920 e 1923, o maestro e compositor Richard Strauss esteve no Theatro Municipal à frente da Orquestra Filarmônica de Viena: Richard Strauss rege Richard Strauss em Morte e Transfiguração, Dança dos sete véus da ópera Salomé, Sinfonia Alpina e Don Quixote. Ele estará de volta ao Rio de Janeiro, através de sua obra Concerto para oboé e pequena orquestra em ré maior que integra o programa de 24/09/2016 da Orquestra Petrobras Sinfônica conduzida pelo maestro Isaac Karabtchevsky, tendo como solista Carlos Prazeres, oboé.
Enquanto estamos, aqui no Brasil, com o coração cheio de júbilo, com a presença do maestro Karabtchevsky, outra celebração chama a atenção do mundo inteiro, 80º aniversário natalício do maestro Zubin Mehat, em 11 de abril de 2016, na cidade de Tel Aviv, em três concertos da Orquestra Filarmônica de Israel, tendo a presença de Daniel Barenboim, Itzhak Perlman, Pinchas Zukerman e ainda a solista Khatia Buniatishvili. [Israelagora.com 27/10/2015 e site Khatia Buniatishvili].
É oportuno ressaltar que Khatia Buniatishvili, de impressionante beleza, é capa da BBC Music Magazine – fevereiro/2016 que publica os dizeres: The Fearless Virtuoso. Seria um sonho vê-la aqui no Rio como solista convidada de uma grande orquestra sinfônica ou pelo Theatro Municipal do Rio de Janeiro em programações porvindouras.
O Brasil vive um momento mágico no vigor do maestro Karabtchevsky, aos 81 anos de idade, em plena forma, encantando plateias do Brasil e do mundo por onde passa semeando a roupagem das estrelas cintilantes que as sondas espaciais nos transmitem ao vivo e a cores. No filme Marooned, dirigido por John Sturges, nos idos de 1969, um dos astronautas, marido de Teresa, na pele da atriz Nancy Kovack, preso numa estação espacial semelhante a Sklylab, assiste a essas cintilações estelares.

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