É necessário observarmos o lugar onde estamos, pois, assim
escolhemos, assim quisemos e, na coordenação dos efeitos que saíram de nosso
íntimo, essa força que chamamos destino nos reserva o lugar correto, entre
tantos que nos interligam.
Vemos
também que não há lugar melhor do que outro, nas profissões humanas. O serviço
dos portos distingue o portuário, a jardinagem o jardineiro e assim por diante.
Em
nenhuma hipótese, uma profissão terá maior valor que a outra, a menos para os
pacientes da febre do ouro. As profissões humanas têm uma ligação intrínseca
com a necessidade espiritual que cada um traz.
Daí
a grande diversidade das tarefas materiais que desenvolvem as aptidões e
estimulam a criação de talentos naqueles que começaram a compreender o
progresso como força impulsionadora das criaturas.
Nas
classes trabalhistas vemos que há um
objetivo comum, mesmo que esteja arquivado no inconsciente de cada participante
que se interliga, formando o denominado inconsciente coletivo.
A
nossa presença junto aos companheiros de trabalho é sempre uma realização que
estamos alcançando. Além das tarefas que são destinadas ao exercício profissional,
temos junto a eles o convívio das horas.
No
relacionamento entre as pessoas, exteriorizamos o nosso “eu”, quando pensamos e
agimos, criando circunstâncias onde se evidencia aquilo de que participamos.
Se
há um mal-entendido, na apreciação de um companheiro de trabalho, é de nossa
responsabilidade desvanecer qualquer indício que caracteriza essa situação.
A
clareza dos gestos deve ser uma constante, sem deixar a esmo a manifestação da
simplicidade que pode ser encarada, na apreciação do interlocutor, como uma
ingenuidade.
Devemos
trazer o coração puro, sem nenhuma aparência de ingênuo, para não deixarmos ser
enganados por aqueles que apreciam a vida num ângulo imediatista.
A
humildade e a simplicidade são forças poderosíssimas, por isso não podemos
deixar que os comprometidos com o poder temporário tenham ascendência sobre
nós, além do permitido pelas circunstâncias do momento. Seria o mesmo que
atribuir a eles aquilo que não possuem.
Nossos
passos são firmes. Não queremos destaque honroso no campo sócio-trabalhista.
Sabemos o que convém ao nosso aperfeiçoamento pessoal, sem deixar, nas
circunstâncias reconhecidas, que decidem sobre o destino que nos cabe fazer.
Se houver uma indicação superior aos lugares
onde devemos passar, invariavelmente, nos colocamos numa atitude para que tal
fato ocorresse.
A
nossa participação, no conjunto de pessoas, movimenta e estimula decisões de
terceiros que podem nos beneficiar, nunca prejudicar.
Mesmo
que algo se nos afigura errôneo, vemos que o nosso inconsciente agiu para que
as circunstâncias, que nos envolvem, tenham uma identificação reconhecida.
Como
não há nada errado no Universo, pois a sabedoria está com o sábio, a ignorância
com o ignorante, o aprendizado com o aprendiz, as nossas ações refletem nas
decisões que os superiores da hierarquia trabalhista tomam sobre nós.
Eles,
como instrumentos da lei de causa e efeito, não devem receber nenhum
julgamento, mesmo porque o aparentemente errado, mais tarde, será um benefício
para o nosso aprendizado.
Amemos
sempre aqueles que detêm o poder hierárquico, pois a responsabilidade deles é
muito grande, pois cumprem, naquilo que podem, o que lhes chega, por
inspiração, como conveniente à missão escolhida.
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