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sexta-feira, 4 de março de 2016

BRASIL É MÚSICA

Missa Solemnis em ré maior, op. 123, de Ludwig Van Beethoven, foi apresentada, em 04 de março de 2016, na abertura da temporada do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, pelo coro e orquestra sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sob a regência do maestro Tobias Volkmann, tendo como soprano Rosana Lamosa, mezzo-soprano, Carolina Faria, tenor Eric Herrero e o barítono Michel de Souza.
A apresentação no Theatro Municipal da missa solene de Beethoven ocorreu na véspera do Dia Nacional da Música Clássica, 05 de março, instituído no Governo Lula, em 13 de janeiro de 2009, em homenagem a Heitor Villa-Lobos (1887/1959), o mais importante artista das Américas, que nasceu em 05 de março de 1887. Além dessa efeméride, todos os anos, desde 1961, em novembro, mês em que faleceu Villa-Lobos, é realizado o Festival Villa-Lobos.
Apresentado pela primeira vez (não a estreia da música), em 20/11/1995, pelo Coral dos Funcionários do Banco do Brasil, tendo como solista a soprano Marivi Santiago, sob a regência do maestro Alfredo Duarte, no Auditório do Edifício SEDAN – Banco do Brasil – Rua Senador Dantas, 105 - 21° andar, Rio de Janeiro-RJ, ao ensejo da abertura do 1° Seminário Banco do Brasil e da Integração Social, Invocação em Defesa da Pátria, de Villa–Lobos, é o hino oficial da abertura do referido seminário. [Música para Canto e Piano, de Fernando Pinheiro].
Quando está no hospital, ainda sob o efeito dos entorpecentes, mergulha a mente no fenômeno da clauriaudiência, na “zona neutra”, no dizer do ator Carlos Vereza (5) e ouve seres angelicais que parecem crianças brincando de cirandas, cirandas que evocam a sua infância na atmosfera azulada do Rio antigo. Pede à sua companheira caneta e papel de carta, minutos depois surge Ave Maria n° 26, para coro misto a 6 vozes, a capella. Se o compositor deixasse, naquele instante, a roupagem carnal, entraria no reino das bem-aventuranças e entregaria aos anjos da        música a música-oração.
(5) Carlos Vereza (in Solenidade de lançamento do livro A vida ilustrada de Tomás Santa Rosa, por Cássio Emmanuel Barsante (edição Bookmakers), realizada em 21 de dezembro de 1993, no Auditório do 4° andar do Centro Cultural Banco do Brasil.
Rio de Janeiro – 07 de setembro de 1959 – Villa-Lobos apresenta-se pela última vez ao público. Está na plateia do Theatro Municipal e assiste à execução do Magnificat-Aleluia, de sua autoria, escrito a pedido da Associação Italiana de Santa Cecília, que foi ofertado ao papa Pio XII em homenagem ao Ano Lourdiano. [in Por Onde Andou Villa-Lobos, palestra proferida, em 29/10/1999, por Fernando Pinheiro, ao ensejo da realização do 3º Seminário Banco do Brasil e a Integração Social].
Acompanhar o pensamento poético de Lisboa Serra é o mesmo que ouvir a avena tangida ao longe pelo pastor, a musicalidade tem o dom de conduzir rebanhos. Se fôssemos comparar, em música, a poesia do poeta maranhense, com certeza, iríamos citar o Réquiem (parte V), de Anton Bruckner. Em 20/09/2009, o maestro Charles Roussin, à frente da Camerata Antíqua de Curitiba, regeu esta música. Apud BANCO DO BRASIL – LISBOA SERRA, poeta, tribuno e presidente, de Fernando Pinheiro – Rio de Janeiro – 2011.  
A poesia de Lisboa Serra está associada à música de Bruckner, do mesmo modo que a musicalidade brasileira está ligada a Villa-Lobos. Assim como o ápice é o começo, Gonçalves Dias, na poesia, Carvalho de Mendonça, o maior comercialista brasileiro, na Consultoria Jurídica do BB e Lisboa Serra, o presidente-fundador, o mais importante presidente do Banco do Brasil, transcrevemos as palavras de Luiz Jorge de Oliveira, diretor de Finanças (30/3/1993 a 15/2/1995) que proferiu a palestra A Missão Social do Banco do Brasil, ao ensejo da realização do 1º Seminário Banco do Brasil e a Integração Social:
“É com muita honra que atendo ao convite que me foi feito pelo escritor Fernando Pinheiro para participar da abertura dos trabalhos deste Seminário promovido pela Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil, em que se procurará discutir o papel do Banco no processo de integração social. A presença e a importância do Banco na sociedade brasileira são de tal ordem a ponto de ter contribuído, ao longo de sua história, para a formação dessa egrégia Academia de Letras.”
Villa-Lobos criou um país: Brasil é música. Dentro da efeméride comemorativa ao Dia Nacional da Música Clássica, transcrevemos textos de nossa crônica DUAS BAILARINAS – 11/02/2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor, a respeito da música e de quem a comenta, enaltecendo a mulher brasileira:     
Iniciando a apresentação, a repórter Daniela Lobo entrevistou a bailarina Ruth Lima: “Ela é representante de uma das mais antigas manifestações humanas, a dança, considerada pela imprensa etérea e translúcida, eleita em 1959, a primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.” [Perfil Ruth Lima – Bloco 1 – Youtube – 11 de junho de 2012 – Vídeo enviado por TV-ALERJ – Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro].
Na entrevista ao canal de televisão da ALERJ, Ruth Lima disse que começou dançando balé aos 11 anos de idade, tivera sonhos de dança, “dançava enquanto dormia”. E enfatizou: “a disciplina do balé me levou a ter uma vida feliz, uma vida regrada, inteligente, a ponto de eu escrever livros.” Enquanto a entrevista ocorria, vídeos e fotos de Ruth Lima apareceram ao fundo da tela.
Dançando O Lago dos Cisnes, de Tchaikowisky, e Les Sylphides, de Chopin, na apresentação que o Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro estava fazendo, em 1966, no Teatro Colon, Buenos Aires, Ruth Lima foi aplaudida em cena aberta. Nessa ocasião, ela recebeu loas com o título de bailarina etérea e translúcida pelo jornal El Clarin. No Brasil, o jornalista Carlos Heitor Cony escreveu no Correio da Manhã: “Ruth Lima é a mais linda Cleópatra que pisou o Theatro Municipal.”     
Escritora, bailarina, coreógrafa, jornalista, professora de dança, Ruth Lima conviveu, no Brasil e no exterior, com mestres e partenaires, entre os quais destacamos aqueles que não estão mais conosco: George Balanchine (1904/1983), Yuco Lindberg (1906/1948), William Dollar (1907/1986), Leónide Massine (1896/1979), Eugenia Feodorova (1925/2007), Nina Verchinina (1910/1995), Aldo Lotufo (1925/2014).
Ao tomar posse, em 28/09/1993, na Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil (membro honorário), no Auditório do Edifício Sede III do Banco do Brasil – Brasília – DF, em solenidade presidida pelo escritor Fernando Pinheiro, Ruth Lima foi mencionada no discurso de Synval Guazzeli, presidente do Banco do Brasil, interino (12/5/1993 a 15/5/1993), (30/5/1993 a 5/6/1993), (26/9/1993 a 6/10/1993), (1/12/1993 a 4/12/1993):
“Distinguiu também uma representante das Artes, Ruth Lima, bailarina e coreógrafa e, nesta hora, seguramente nós haveremos de ter sempre presente a importância da Arte como expressão de cultura, nós que desejamos construir uma sociedade brasileira melhor, uma sociedade brasileira justa, equânime, democrática e que possa alcançar níveis de avanço e de expressão cultural que representem toda a potencialidade desta Nação e dos sonhos melhores de nossa própria sociedade.”

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