CONSELHOS
Comentar a música Conselhos do compositor e maestro Carlos Gomes é uma
honra muito grande que muito nos sensibiliza, principalmente porque tivemos a
oportunidade de ler a partitura escrita por ele (Acervo: Biblioteca Nacional).
Alguém já ouviu falar o que é a
Cinelândia? Pois é, é uma praça onde está a estátua do maestro e compositor
Carlos Gomes, em frente do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
As marcas indeléveis do próprio
punho do autor eram traduzidas por nós em perfeição e beleza comovente. Os
primeiros movimentos da música: Allegreto (accentada la prima), staccatissimo,
aumentando e diminuendo, suave, crescendo, diminuindo, staccato, suave. O final
é allegro deciso, fortíssimo.
A poesia do Dr. Velho Expediente
compõe a letra da canção. A estrofe que mais justifica o título é a segunda:
“Se o homem idoso for, se ainda
rapaz,
Tome a lição que ele quiser lhe
dar.
Se funções, contradanças não
quiser,
Também não queira, para não
brigar...”
A letra da canção traz conselhos
a mulheres casadas. Os tempos em que vivemos são outros dos aqueles em que
viveu Carlos Gomes, mas reconhecemos que o relacionamento entre casais ainda
está sujeito a condutas saudáveis que fortalecem a união da família.
Em cada estrofe há uma sucessão
de conselhos úteis, vindo da vivência dos relacionamentos do passado que
alcançaram êxito, e logicamente serve como bússola para guiar aqueles que,
perdidos entre tantas informações, ainda não encontram o caminho certo.
Logicamente em cada um dos
parceiros, haverá sempre uma variante de opiniões que oscila entre aquilo que
deve ser e aquilo que pode ser ou mesmo não ser nada, o que vem caracterizar a
separação.
Fazer a vontade do marido é o
melhor caminho para as jovens esposas, desde que essa vontade esteja revestida
de indícios de bom–senso, discernimento e os cuidados que vêm do amor
verdadeiro.
Neste caso, entra muito a apreciação
inteligente do que seja bom para ambos. Não apenas a satisfação e os gostos
inclinados para um lado só, mas ao que convém para manter o casamento. O amor
verdadeiro é feito mais de renúncia e desprendimento do que as vantagens
pessoais.
Blog Fernando Pinheiro, escritor
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