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terça-feira, 24 de julho de 2012

MAGDALA

Escrita para canto e piano, a música Magdala, de Assis Republicano, traz os versos de Silveira Neto (1872/1942), membro da Academia Paranaense de Letras, pai do poeta curitibano Tasso da Silveira. No início surge o movimento  allegro con furia, allargando molto lentamente que dá espaço à  letra: “Colo que inveja o mármore leitoso, em taças rubras, tremula de gozo”.
A seguir, no andamento poco più mosso surgem as   palavras do canto: “o champanhe dos beijos gole a gole, Magdala”. No meio da trajetória musical há um crescendo molto que envolve a pergunta: “como ao sonho convertê-la?” A letra da música finaliza dentro do andante lento dolce.
Antes de comentar o enredo que se adapta aos costumes atuais, apresentamos as palavras de Villa–Lobos sobre o autor: “Assis Republicano é um dos mais talentosos compositores brasileiros, equipado de fartos recursos técnicos e de um fraseado espontâneo e agradável”.    (2)
(2)    HEITOR VILLA-LOBOS (in Acervo Virtual – Catálogos on line – Biblioteca Nacional - Rio de Janeiro - RJ)
Acrescentamos que o compositor Antônio de Assis Republicano (1897/1960), a exemplo de seu mestre Francisco Braga, compôs peças sinfônicas. A ópera de sua autoria A Natividade de Jesus foi encenada, em março de 1937, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Nos idos de 1942, o Hino Nacional Brasileiro, orquestrado pelo compositor gaúcho, foi oficializado por decreto-lei.
A letra da música Magdala, para canto e piano, aborda um tema bastante atual, o colo feminino, comentado em emissoras de rádio, jornais, e em emissoras de televisão.
Antigamente, e ainda hoje, os poetas se encantam diante dos seios da mulher. Castro Alves, o poeta libertador, imaginou sonhos vislumbrando a ideia de seios virginais, Lisboa Serra, poeta e presidente do BB (1853/1855), menciona o encanto feminino nos colos de alabastro. 

Blog  Fernando Pinheiro, escritor
Site   www.fernandopinheirobb.com.br

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