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segunda-feira, 9 de julho de 2012

NOTURNOS

A música de Chopin é o cânone entre as rosas. Os Noturnos lembram as noites, as noites de poesia e de música que se derramam do luar, do luar da lua azul. Inspirado nesta beleza, transcrevemos o Nocturne in C # minor para o banner do website www.fernandopinheirobb.com.br.
Quando a lua cheia aparece no céu pela segunda vez, no mesmo mês, chamamos de lua azul. Esse fenômeno ocorre de quatro em quatro décadas. É um espaço de tempo em que se consomem muitas vidas humanas.
É uma oportunidade que o universo nos concede para nos lembrar da luz de prata do luar, da suavidade que se vestem as noites escolhidas. Cantada em todos os tempos, a lua derrama claridade suave àqueles que buscam a inspiração, a ternura que suaviza o rigor do caminhar.
É uma senhora musa das noites que se iluminam. Nesse clima suave e enternecido, o homem faz o mergulho em suas origens e busca tirar de lá o sustento de suas necessidades existenciais. Nelas vê seus sonhos adormecidos e os planos que o imortalizarão em feitos de grandeza.
Sente, então, vontade de acordar para o seu mundo interno, ser original, ler e respeitar os caminhos que se cruzam, e revelar-se sem influência das ideias que distorcem a sua realidade. Caminhar, apenas caminhar. O tempo revela as oportunidades. De etapa em etapa, vai-se formando tudo aquilo que idealizamos.
O que nos parece fracasso é a prova do que pensamos ser verdade aqueles instantes em que deixamos a imaginação fugir dos sonhos.
Retomamos a certeza do sucesso pessoal, sublimando paixões que não foram resolvidas e que nos ajudam a observar melhor o caminho por onde passamos. Nessa movimentação de energias, abrem-se portas de novos ambientes a serem preenchidos como fitas virgens que viram mensagens.
A revisão dos sonhos que seguiram caminhos desconhecidos lembra-nos muito do que ocorre na lua azul. É a mesma lua cheia, repetida nas circunstâncias em que talvez deixamos de observá-la.
Assim como a cadeira vazia, o lenço molhado de lágrimas, os presentes devolvidos são marcas que nos fazem pensar, a lua cheia repetida no céu é a demonstração de carinho do universo que nos cobre mais uma vez de claridade suave a nos estimular a sermos o que verdadeiramente somos.
Nos ciclos do tempo em que a lua aparece, ficamos a imaginar a humanidade compreendendo o que chama de dor e alegria, sublimando emoções que mudam de estágios até se converterem em estados permanentes que revelam suas origens.
A última lua azul do milênio foi vista por milhões de pessoas que foram ver a chegada do ano de 1991 nas praias, nas estepes russas, nas savanas africanas, do Ocidente ao Oriente, onde o planeta inteiro ficou mais azul, mais azul.
A nova era vem surgindo com forças que despertam as ideias solidárias do viver, estimulando os movimentos em prol da ecologia, fazendo mais permeáveis as fronteiras para enaltecer a canção Imagine, de John Lenon que é mais real do que muitos imaginam.
Antes que venha a próxima lua azul, no ano de 2031 , em que a humanidade será outra, podemos adiantar que, em outubro de 2012, o planeta Elenin, que fez destroços na superfície do Sol de nosso sistema solar, terá a maior aproximação com a Terra. Este será um evento astrológico com repercussão no nosso planeta.
Atualmente, já existem 2 humanidades, a que vive em consciência unitária e a que vive em consciência dissociada, a consciência planetária que está indo embora. Vivendo em 4 pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria, podemos, pois este é o nosso caminho, ascender à consciência unitária, abandonando-nos à luz,
A lua azul está presente nas mudanças do ciclo. Quando surgir outra vez na Terra, reafirmamos, a humanidade será outra. Tudo que tira a visão da beleza dos jardins paradisíacos será removido. Os semeadores sabem que há flores se abrindo. A música de Chopin é apenas a ressonância, o cânone entre as rosas.
Blog Fernando Pinheiro, escritor    
      Site 
www.fernandopinheirobb.com.br
 

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