Páginas

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A IMORTALIDADE


Nas academias de letras, os eleitos são contemplados com a imortalidade. Esta é a maior honra que se pode atribuir ao homem, não exclusivamente pela láurea acadêmica, mas pela própria imortalidade que está ligada à natureza humana.
Quando o homem tiver consciência dessa faculdade inerente a todos seus semelhantes, sentirá o que é ser realmente feliz. O culto das aparências fugirá de sua vida como as espumas que se desmancham nas areias.
Vemos muitos personagens que se destacaram no mundo das emoções serem levados ao esquecimento na primeira hora das mãos frias. A arte é imortal, mas quem não a honrou, na forma que os lírios inspiram, não consegue acompanhá-la através dos tempos.

A consciência da imortalidade une o homem ao Cosmos onde tudo caminha sem parar. Nesse fluxo deixa-se ser levado como a gota d'água mergulhada no oceano. Isolado é tão pequenino, imantado nessa consciência livra-se das oscilações da vida e segue tranquilo porque sente ser apenas uma manifestação do Universo.
A alegria primária dos sentidos que se manifesta nos segmentos dos carnavais e atualmente nas festas ditas baladas, bem como nos cultos anímicos, onde a presença da imortalidade é pouco sentida, cede lugar à alegria permanente.
Não há mais euforia de sentimentos que alteram, em oscilações bruscas, o estado emocional. Agora, o homem consciente de sua imortalidade tem um novo referencial de vida. Ansiedade e até mesmo esperança por dias melhores cede espaço à certeza de que tudo, tudo mesmo está acontecendo para sua conveniência, a nível de interiorização do ser profundo, mesmo que haja madrugadas cinzentas em amanheceres que estão vindo e indo embora.
Tristeza, solidão, amargura e outros lixos mentais que demos peso e referência, de onde surgiram doenças, estão agora sendo levados a esferas densas e sombrias pelas energias que atraímos das fontes límpidas, pela mudança de nosso estado vibracional.
Se o homem ainda não se livrou dos males físicos e emocionais é porque não encontrou ainda o remédio eficaz. Tudo está nele, mas ele não sabe.
Que adianta o culto da roupagem física se o essencial permanece desconhecido? Se alguém nos ama pensando unicamente que somos a roupa que vestimos, esse amor não nos diz respeito. Esta é uma configuração simbólica de nossa personalidade transitória.
Durante séculos, a humanidade vive mergulhada nesta ignorância porque a revelação da imortalidade iria lhe tirar as vantagens que permanecem apenas quando durar a matéria. Como está sendo divulgado em todos os cantos, a fase materialista do planeta está cedendo à nova era onde a imortalidade terá o papel principal em todos os sistemas de educação.
A revelação dos sábios, que esteve em todos os campos do conhecimento humano, será entendida em sua pureza original, sem nenhuma interpretação que ostente em primeiro plano os interesses secundários da matéria.
A imortalidade ressoará no cantar do poeta, na chave dos enigmas, na certeza da presença cósmica em tudo que existe e no amor que se derrama em todas as criaturas humanas contemplando a evolução do existir.

Blog  Fernando Pinheiro, escritor
      Site  www.fernandopinheirobb.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário