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domingo, 9 de setembro de 2012

A SEMENTE DO PARAÍSO


Os bens da Terra têm um preço muito grande. Vinculados a compromissos, os encarregados dos negócios terrenos trazem toda a força que os coloca à frente de suas atividades, mas junto a eles a desconfiança, o desinteresse e a falta de estímulo daqueles que estão em posição de obediência.
Quando conseguem mudar os embaraços alheios através da renúncia ao culto de suas personalidades, demonstrando o que é importante é a energia do trabalho que beneficia a todos, sem direito à exclusividade, têm o reconhecimento que os grandes benfeitores recebem.
Fora da linha deste raciocínio é a repetição de erros que agravaram a situação de embaraços onde se encontram atualmente. Seria uma perda de difícil recuperação no futuro, através dos séculos.
O presente é um presente concedido por Deus. Quem poderia criar o tempo e o espaço que nos beneficia o viver? O tempo é de mudanças. As grandes lacunas deixadas pelos líderes que passaram sem recordações voltam pelas mãos do tempo no espaço devido, a fim de que sejam todas preenchidas.
Ainda vemos a antipatia de muitos pelos encarregados dos negócios terrenos, em virtude da desilusão que envolveu o relacionamento do passado que a memória, sob o jugo do corpo físico, não tem condições de recordar.
Este é um dos mistérios do tempo. Se buscamos conhecê-lo e não o encontramos é porque não nos convém. A sabedoria se espalha em todas as situações conhecidas ou naquelas em que não podemos ainda compreender.
A curiosidade em saber os caminhos que se cruzam atrapalha aqueles que não sabem a direção a tomar. A orientação é destinada a todos, vinda de seu mundo íntimo. Decifrar enigmas com códigos trocados revelará uma interpretação fora de propósitos construtivos que irá criar outro clima onde os horizontes serão sombrios.
Se não pudermos fazer pelos outros o milagre da transmutação de valores, deixemos em seus corações a semente que sentimos vir do paraíso, sabendo que, um dia, o tempo se encarregará de fazê-la florir.
Além dos compromissos a terceiros, os encarregados dos negócios da Terra recebem o impacto do clima difícil de plantar, onde a ética parece desvanecer e os costumes da moda vêm à tona em nome da permissividade.
Não há motivo algum para ninguém recuar em sua caminhada. A missão de cada um tem ligação com as nascentes sagradas que ainda não podemos descrevê-las na beleza original. Há apenas um leve conhecimento de que elas existem.
Dificuldades de afirmação perante a vida todos passam. Nos lares, a maioria dos casais busca o reconhecimento do amor que sente pelo cônjuge que duvida. Não é o próprio amor que busca ser reconhecido, pois ele é semente e germinará sempre quando as condições favorecerem.
Mas é por causa da desilusão antiga de um passado que o tempo levou, como o vento das chuvas que beneficia as searas, que ainda vemos todo esse clima entre os casais, os empregadores e os empregados, os políticos e os cidadãos no regime das leis do Estado.
 
Blog  Fernando Pinheiro, escritor


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