Páginas

domingo, 2 de setembro de 2012

ADOLESCENTES EM DIFICULDADES


Quando sentimos os jovens adolescentes sem a vitalidade que os fortalece contra as carências afetivas, devemos fazer silêncio de respeito e, numa concentração íntima, colher as inspirações que nos chegam como resposta.
Essas criaturas humanas, emocionalmente desvitalizadas, estão à beira de se entregar ao fumo, ao álcool e a outras fugas que lhes tiram a pureza primaveril.
Antes de pensarmos numa campanha contra o fumo e o álcool, devemos dar a essas pessoas o carinho que as desperta para revitalizar suas forças íntimas.
Nós sabemos que o tabagismo, o alcoolismo, o homossexualismo e outras distorções do destino idealizado pelas forças construtivas têm a sua sede na carência afetiva.
Os chamados viciados de todo porte, ao invés de censura e recriminação, devem merecer de nós o carinho que lhes estimule a encontrar a sua identidade incólume de todos os desvios de comportamento.
O destino do homem é viver a sua própria identidade, criada com forças que o elevem à condição de semeador do paraíso, embora tenha como missão viver nas furnas onde os vícios se organizam buscando ganhar cidadania.
Não fiquemos de braços cruzados vendo plantas secando pela aridez do solo. Se não há chuva, busquemos as fontes de água e reguemos essas plantas que começam a ficar enfraquecidas. Em pouco tempo, começarão seu processo de revigoramento com as forças que vêm de suas raízes.
Todos nós temos conhecidos e parentes, em fase de adolescência, precisando receber uma carga magnética de amor, a fim de que possam acionar o mecanismo íntimo que gera forças construtivas.
Sabemos ainda que a adolescência atual tem ímpetos de revolta contra uma estrutura social que tem dificuldade em manter intacta contra os assédios da perturbação que tenta se generalizar.
Os adolescentes são as forças novas de um mundo que busca a reabilitação de costumes. Suas músicas mostram uma irreverência contra a tradicional harmonia. Seus protestos têm o fim útil de chamar a atenção de seus pais para a condição de declínio ético em que se encontra a sociedade de hoje.
Se existe uma onda devastadora que estimula os jovens a procurar o fumo e o álcool e outros agentes de degenerescência orgânica e emocional, devemos cada um contribuir com nossos pensamentos, fazendo-lhes despertar a força íntima de que são portadores.
Compreendemos a falta de estímulo dos jovens que vêem seus lares desfeitos; seus pais, seus maiores amores, em posições opostas. Os sonhos infantis de tudo colorido devem ser substituídos por um mundo que luta para se recompor em suas falhas.
As dificuldades do relacionamento dos pais não devem diminuir o grande amor que seus filhos têm por cada um deles.
A família que se decompõe em duas partes é apenas no plano físico, pois no plano onde nossa consciência se amplia a separação não existe. O amor triunfa além de nossas limitações.
Os nossos pensamentos estão sempre voltados aos adolescentes em dificuldades de compreender os enredos que estabelecem situações aparentemente desagradáveis. Há renascimentos até mesmo nas cinzas, mas os solos férteis produzirão os melhores frutos.
 
Blog  Fernando Pinheiro, escritor
Site  www.fernandopinheirobb.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário