Tudo é planejado pelo movimento
de forças das quais participamos em conjunto com as pessoas que comungam no
mesmo ideal, a fim de que as características próprias possam vir à luz.
Quando sentimos que falta algo
para completar uma etapa é porque o tempo que marca a participação das pessoas
envolvidas no nosso relacionamento ainda não se completou.
Acompanhando o fluxo em que a
cronometragem trabalha, esperamos a chegada dos fatos que irão nos favorecer a
caminhada, juntando-nos aos companheiros vinculados à mesma força que nos uniu
no momento certo.
Enquanto a hora estiver por vir,
realizemos a parte incompleta do nosso trabalho, reconhecendo que quanto maior
o esforço mais possibilidades teremos de novas conquistas.
Assim como as gotinhas d'água
estão protegidas pelas rochas e, aos poucos, vão se juntando para formar as
nascentes, o nosso trabalho se interliga à participação daqueles que sentem a
força da vida escorrer como os rios que se doam.
Tudo que é pessoal é como uma
gotinha isolada que cai da chuva e penetra nas rochas e fica aí por pouco tempo
até se juntar com outras gotinhas que formam as nascentes.
No trabalho que reúne a
participação de todos os integrantes da área onde atuamos, vemos uma força
seguir um fluxo que tem uma direção própria, adequada aos movimentos de cada
um.
O tempo de espera é justamente
aquele em que se vê a gotinha d'água escorrer em direção das nascentes. Sem
forças ainda para seguir o rumo dos campos e searas, junta-se ao trabalho de
outras tantas que se multiplicam até formar filetes d'água que se transformam
em rios que correm para o mar.
Assim é a humanidade inteira. Fragmentada em
apenas uma pessoa não consegue correr sozinha ao destino de beleza imperecível.
É por isso que as gotinhas d'água, desde as nascentes nas rochas, nos dão um
exemplo de significativo valor.
Blog Fernando Pinheiro, escritor
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