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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

CANTO


Na obra Dispersos, de Cecília Meireles, que entoa Canto, com acompanhamento de harpas, podemos ver uma litania que se desdobra em vários aspectos da palavra mãezinha, destacamos apenas “Minha mãezinha de água, de orvalho, de rio, de oceano, de lágrima, ai, de lágrima rolando em silêncio pelo universo”.

A água é um dos quatro elementos conhecidos no terreno da transmutação, elemento vital para que haja existência de mundos da mesma dimensão evolutiva em que se encontra a Terra, ora em fase de transição da terceira para a quinta dimensão unificada, num salto quântico onde a fase intermediária não será notada.

O pranto, quando derramado em dores inenarráveis que elimina os engramas nesta convulsão e catarse, produz um efeito salutar. No entanto, se for para alimentar esses engramas que não conseguem sair de dentro da pessoa, então a situação é grave e merece todo o nosso cuidado.

A prece, recurso valioso de energias, dispersa as vibrações densas que estão incrustadas no campo mental de quem está chorando, afastando-as como a luz afasta a escuridão.

No nosso caminhar multissecular ao centro da Galáxia, no momento em que damos apenas o primeiro passo naquela direção, observamos que é necessário seguir caminhando com leveza, em 4 pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria.

A prece está incluída em todos esses pilares e, sem dúvida, elimina o ego ou a personalidade que está sendo transcendida nesse caminhar, pois isto é o centro de todo o sofrimento e de toda a dor, em decorrência do desejo que é manifestado a qualquer custo, sem ter a sabedoria necessária.

Abandonar-se à luz é o piscar de olhos que nos possibilita ter a felicidade eterna, tanto nesta oportunidade da sacralização do planeta Terra como nos mundos multidimensionais onde é o nosso caminho a seguir, vivendo a essência do que somos e que sentimos em nosso coração.

Há seres viventes na água, no orvalho, no rio, no oceano e na lágrima, notícia chegada ao nosso conhecimento através do tratamento carinhoso de Cecília Meireles que descobriu a proteção em forma de mãezinha.

Em conclusão a poetisa, que dá nome a Sala Cecília Meireles na cidade do Rio de Janeiro, faz o lamento: “ai, de lágrima rolando em silêncio pelo universo” evocando, quem sabe, as palavras de Jesus: Jerusalém, Jerusalém.

Quantos pastores apascentaram ovelhas, quantos pastores desviaram-se do caminho e quantos pastores choraram observando o desvio de ovelhas e quantas ovelhas choraram sem pastores!

Apascentando e sendo apascentados os pastores e os imensos rebanhos seguem trajetórias próprias. De todos esses ensinamentos o mais sublime não é a do pastor que apascenta ou deixa de apascentar, mas a do divino Mestre que disse, quando a mulher o tocou: “a tua fé te curou”.

Nos mundos multidimensionais não existem dores, lágrimas nem sofrimentos, a consciência unificada é o grande vetor da iluminação, enquanto aqui os versos de Cecília ecoam, em litania, nesta transição planetária: “ai, de lágrima rolando em silêncio pelo universo”.












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