Na
obra Dispersos, de Cecília Meireles, que entoa Canto, com acompanhamento de
harpas, podemos ver uma litania que se desdobra em vários aspectos da palavra
mãezinha, destacamos apenas “Minha mãezinha de água, de orvalho, de rio, de
oceano, de lágrima, ai, de lágrima rolando em silêncio pelo universo”.
A água é um dos quatro elementos conhecidos no
terreno da transmutação, elemento vital para que haja existência de mundos da
mesma dimensão evolutiva em que se encontra a Terra, ora em fase de transição
da terceira para a quinta dimensão unificada, num salto quântico onde a fase
intermediária não será notada.
O pranto, quando derramado em dores inenarráveis
que elimina os engramas nesta convulsão e catarse, produz um efeito salutar. No
entanto, se for para alimentar esses engramas que não conseguem sair de dentro
da pessoa, então a situação é grave e merece todo o nosso cuidado.
A prece, recurso valioso de energias, dispersa as
vibrações densas que estão incrustadas no campo mental de quem está chorando,
afastando-as como a luz afasta a escuridão.
No nosso caminhar multissecular ao centro da
Galáxia, no momento em que damos apenas o primeiro passo naquela direção,
observamos que é necessário seguir caminhando com leveza, em 4 pilares:
simplicidade, humildade, transparência e alegria.
A prece está incluída em todos esses pilares e, sem
dúvida, elimina o ego ou a personalidade que está sendo transcendida nesse caminhar,
pois isto é o centro de todo o sofrimento e de toda a dor, em decorrência do
desejo que é manifestado a qualquer custo, sem ter a sabedoria necessária.
Abandonar-se à luz é o piscar de olhos que nos
possibilita ter a felicidade eterna, tanto nesta oportunidade da sacralização
do planeta Terra como nos mundos multidimensionais onde é o nosso caminho a
seguir, vivendo a essência do que somos e que sentimos em nosso coração.
Há seres viventes na água, no orvalho, no rio, no
oceano e na lágrima, notícia chegada ao nosso conhecimento através do
tratamento carinhoso de Cecília Meireles que descobriu a proteção em forma de
mãezinha.
Em conclusão a poetisa, que dá nome a Sala Cecília
Meireles na cidade do Rio de Janeiro, faz o lamento: “ai, de lágrima rolando em
silêncio pelo universo” evocando, quem sabe, as palavras de Jesus: Jerusalém,
Jerusalém.
Quantos pastores apascentaram ovelhas, quantos
pastores desviaram-se do caminho e quantos pastores choraram observando o
desvio de ovelhas e quantas ovelhas choraram sem pastores!
Apascentando e sendo apascentados os pastores e os
imensos rebanhos seguem trajetórias próprias. De todos esses ensinamentos o
mais sublime não é a do pastor que apascenta ou deixa de apascentar, mas a do
divino Mestre que disse, quando a mulher o tocou: “a tua fé te curou”.
Nos mundos multidimensionais não existem dores,
lágrimas nem sofrimentos, a consciência unificada é o grande vetor da
iluminação, enquanto aqui os versos de Cecília ecoam, em litania, nesta
transição planetária: “ai, de lágrima rolando em silêncio pelo universo”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário