Picture: Christ in Emaus by Carl Heinrich Bloch
(1834/1890).
Os
dois viajantes estavam a caminho de Emaús conversando a respeito dos últimos
acontecimentos ocorridos em
Jerusalém.
(120) LUCAS, 24:13 a 34
Em suas reflexões havia esperança e suspeitas
de que aquela mulher, que se tornara conhecida pelo nome da cidade de Magdala,
estivesse falando a verdade.
Sem
dúvida, Madalena foi a mensageira da ressurreição de Jesus que a honrou na
escolha com a finalidade de ressaltar o valor de seus méritos ao abandonar a
ilusão que esteve revestida de mil encantos em seu coração de mulher.
A
conversa prossegue entre dúvidas e interrogações e eis que ouvem uma voz que os
indaga: “que palavras são estas que, caminhando,
trocais entre vós, e por que estais tristes?” Cleófas falou interrogando-o:
“porventura, és tu o único peregrino que
não sabe o que se passou, nestes dias, em
Jerusalém?”
E,
então, os dois companheiros começaram a falar a respeito dos acontecimentos
trágicos. Comentavam ainda que esperavam que fosse ele quem redimisse Israel.
Aliás, muitos homens naquelas regiões
pensavam do mesmo modo.
Três
dias já eram decorridos sem que eles tivessem a prova que lhes confirmasse as
notícias espalhadas por Madalena.
Revelavam
também que algumas mulheres foram de madrugada ao sepulcro e não encontraram o
corpo dele. Elas tinham visto uma visão de anjos que disseram que Jesus vive.
Num
gesto de amigo, aquele que eles estavam mencionando, na conversa, aproxima-se e
disse-lhes: “oh! néscios e tardos de coração para crer em tudo o que os
profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas
e entrasse na sua glória?”
Explica-lhes,
então, que as profecias acerca de sua vida estavam nas escrituras de Moisés e
em todos os profetas. Menciona o evangelista Lucas que “ao chegar à aldeia para
onde iam, ele fez como quem ia para mais longe.
Eles lhe disseram: a tarde desce, o dia já declinou, fica conosco”.
O
convite foi aceito e, então, ele entrou na casa dos dois viajantes. E aconteceu
que, prossegue a narrativa evangélica: “estando Jesus com eles à mesa, parte o
pão, abençoa antes e o distribui aos amigos aturdidos. Quando eles se dão
conta, o reconhecem e ele desaparece”.
Como
não o identificaram antes? Seus corações ardiam por revelar, desde o caminho
percorrido, que aquele visitante era Jesus.
Os
dois viajantes ficaram admirados e voltaram a Jerusalém para relatar aos onze
discípulos a visão da presença diáfana
do Mestre.
A
presença diáfana de Jesus, nas cercanias da cidade de Emáus, transmite um clima
de renovação.
Blog Fernando Pinheiro, escritor
Site www.fernandopinheirobb.com.br
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