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domingo, 23 de dezembro de 2012

A PRESENÇA DIÁFANA


Picture: Christ in Emaus by Carl Heinrich Bloch (1834/1890).
Os dois viajantes estavam a caminho de Emaús conversando a respeito dos últimos acontecimentos ocorridos em Jerusalém.
 (120) LUCAS, 24:13  a  34
 Em suas reflexões havia esperança e suspeitas de que aquela mulher, que se tornara conhecida pelo nome da cidade de Magdala, estivesse falando a verdade.
Sem dúvida, Madalena foi a mensageira da ressurreição de Jesus que a honrou na escolha com a finalidade de ressaltar o valor de seus méritos ao abandonar a ilusão que esteve revestida de mil encantos em seu coração de mulher.
A conversa prossegue entre dúvidas e interrogações e eis que ouvem uma voz que os indaga: “que palavras são estas  que, caminhando, trocais entre vós, e por que estais tristes?” Cleófas falou interrogando-o: “porventura, és tu o único  peregrino que não sabe o que se passou, nestes dias, em  Jerusalém?”
E, então, os dois companheiros começaram a falar a respeito dos acontecimentos trágicos. Comentavam ainda que esperavam que fosse ele quem redimisse Israel. Aliás, muitos  homens naquelas regiões pensavam do mesmo modo.
Três dias já eram decorridos sem que eles tivessem a prova que lhes confirmasse as notícias espalhadas por Madalena.
Revelavam também que algumas mulheres foram de madrugada ao sepulcro e não encontraram o corpo dele. Elas tinham visto uma visão de anjos que disseram que Jesus vive.
Num gesto de amigo, aquele que eles estavam mencionando, na conversa, aproxima-se e disse-lhes: “oh! néscios e tardos de coração para crer em tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?” 
Explica-lhes, então, que as profecias acerca de sua vida estavam nas escrituras de Moisés e em todos os profetas. Menciona o evangelista Lucas que “ao chegar à aldeia para onde iam, ele fez como quem ia para mais longe.  Eles lhe disseram: a tarde desce, o dia já declinou, fica   conosco”.    
O convite foi aceito e, então, ele entrou na casa dos dois viajantes. E aconteceu que, prossegue a narrativa evangélica: “estando Jesus com eles à mesa, parte o pão, abençoa antes e o distribui aos amigos aturdidos. Quando eles se dão conta, o reconhecem e ele desaparece”.
Como não o identificaram antes? Seus corações ardiam por revelar, desde o caminho percorrido, que aquele visitante era Jesus.
Os dois viajantes ficaram admirados e voltaram a Jerusalém para relatar aos onze discípulos a visão da presença  diáfana do Mestre.
A presença diáfana de Jesus, nas cercanias da cidade de Emáus, transmite um clima de renovação.  

Blog Fernando Pinheiro, escritor
Site  www.fernandopinheirobb.com.br

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