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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A MANADA


A lenda egípcia que fala do peixinho vermelho que saiu do lamaçal e descobriu o mar, regressando feliz ao convívio de seus pares, enfrentando atrocidades pela discórdia encontrada, bem como o Mito da Caverna revelando um homem que saiu de lá para conhecer a luz do Sol, e regressa desacreditado, situam a humanidade no dilema: seguir a manada empurrada por vara de ferrão ou libertar-se desse caminhar.

Vara de ferrão é um símbolo que denota a educação cerceada pelo mito de Prometeu que falsificou tudo que existe ao nosso alcance, tudo mesmo, menos o nosso ser profundo, que todos somos e precisa ter essa consciência, onde a luz brilha, sem influência de sombras.

Não é apenas o meio de comunicação de massas que exerce essa manipulação mas também as esferas visíveis e invisíveis de nosso mundo conhecido, onde transitam os pensamentos revestidos de densa vibração, a mesma vibração manipulada pela ilusão, frisando que, na Índia, este mundo é chamado pelo nome Maya (ilusão), corroborando o nosso singelo argumento.

Os 4 pilares que sustentam o nosso modo de ser (simplicidade, humildade, transparência e alegria) não se curvam diante da manipulação que os meios de comunicação exercem na televisão e na internet. Dessa forma, vai a nossa opinião: não dar peso nem referência aos desencantos que aparecem nesses meios.

A razão é simples: o nosso pensamento, que é energia fluindo espaços, plasma a situação que atrairmos, isto porque há uma afinidade, por menor que seja, com o que nos foi revelado nessas circunstâncias.

O nosso ser profundo, essa é a nossa verdadeira identidade, resplandece a luz, somente a luz. Sejamos o que somos na realidade, ou seremos aquilo que a manipulação de massas propõe nos meios de comunicação.

O nosso silêncio interior tem mais condição de ver o que se passa no mundo do que as notícias do mundo falsificado que se apresenta como verdade, a verdade do mito de Prometeu, a luz falsificada do Olimpo, essa mitologia que não nos interessa mais ver avivada nos mais importantes meios de comunicação, principalmente a televisão e a internet que transmitem em imagens e hologramas.

Quando não nos interessa mais nada deste mundo ou estamos entrando em patologia, se houver questionamento ou, então, compreendemos que vivemos no mundo mas não somos do mundo. 

Há dois milênios, a luz crística, varrendo as sombras de um pequeno burgo do Império romano, espalhou-se pelo mundo inteiro, marcando a sua inefável presença onde a nossa realidade está mergulhada.

A manada seguirá o seu rumo, deixemo-la ir. A ajuda só deve ser manifestada quando solicitada, enquanto isso seguimos o nosso caminho. Quando a manada despertar, não mais aqui, encontrará outros cenários que buscou, de acordo com as vibrações emanadas, as mesmas das manipulações de massas. Não nos cabe analisar se serão felizes ou menos felizes.

Acreditamos no correr dos tempos, na transmutação de formas e conteúdos e, em qualquer lugar em que esteja a manada, haverá sempre o olhar do meigo rabi da Galileia (expressão de Madalena) estimulando-a a crescer sempre, descobrindo o somos, em essência e verdade.

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