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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

AGORA OU NUNCA


Surge a reflexão agora ou nunca.
A agitação se expressa nas mudanças. A vontade de ver e sentir novos rumos vem forte como os ventos da tempestade.
As coisas do passado se desgastam e se anulam diante das forças que surgem modificando caminhos. É a transmutação dos tempos – reflexos que se vestem de novas roupagens.
A vida é sempre única, embora suas manifestações tenham      uma variedade infinita de concepções. Risos e dores, ternura e aridez de sentimentos se misturam renovando paisagens íntimas.
Quantas vezes, embalada pelas emoções, a criatura humana aguarda e anseia aquilo que vem completar seus sonhos? Não lhe será surpresa a chegada da claridade que dissipará o orvalho das madrugadas.
Mas o crescimento das formas e conteúdos necessita de um  tempo adequado. Por mais sublimes  que sejam os sonhos, sem a hora de chegada permanecem em suas nascentes sagradas.
Este é o segredo dos sábios que se sacrificavam diante de multidão de pessoas ansiosas por mudanças imediatas, sem observar a perenidade dos ideais. O Monte das Oliveiras foi o cenário mais comovente do silêncio.
A agitação humana crepita sem cessar, como se fosse um enxame de abelhas ao redor da flor. Todos querem se alimentar para produzirem o mel. É natural.
Diante de tantas necessidades no campo do sentimento, o homem busca aproveitar a hora no meio da agitação coletiva que se espalha em todos os lugares.
Não há tempo a perder, o momento é agora ou nunca.
Quando surge a oportunidade para completar os planos de  grandeza transcendental, ele coloca acima de tudo seus  esforços sem medir sacrifícios.
É por isso que vemos em muitos lugares as causas nobres defendidas por pessoas que passam influenciadas pela agitação humana. Mas, no íntimo, possuem a placidez dos oceanos em tempo de calmaria.
Há uma atmosfera de convite pairando no ar. Quem pode ajudar esta humanidade ameaçada pela destruição de valores?  Os ensinamentos das religiões nascidas do amor são importantes.
O convite é coletivo. Todos podem entrar na luta de recomposição daquilo que está sendo destruído: os rios, os mares, as matas, a camada solar e o próprio reino humano onde pessoas adquirem aspectos de animais selvagens.
E o amor? As galáxias se movem em círculos matemáticos espalhando mundos que se agitam na beleza da forma e do conteúdo desconhecidos pelo homem. Há uma combinação de elementos que formam reinos infinitos que se interligam em  escalas evolutivas atestando o crescimento da vida.Mas o homem, cego em sua cultura sem amor, não percebe a necessidade de se harmonizar com os outros reinos da Criação.
Mesmo indo e voltando para refazer caminhos, ele necessita acompanhar, neste final de ciclo planetário, que se estende nos albores do século XXI, o ritmo que vem das estrelas, sentido pela mulher hemorroíssa ao tocar a túnica inconsútil e pelo próprio Lázaro, adormecido nas amarras mumificadas, depois acordado, a fim de entender a realidade transcendente que a  todos envolve.
Permaneçamos sempre atentos à mensagem inspiradora do amor revelado por Jesus, a fim de que possamos ter vida, além da vida perecível da matéria, cheia de irradiações luminosas que possam iluminar os passos daqueles que nos pedem ajuda.

Blog Fernando Pinheiro, escritor
Site  www.fernandopinheirobb.com.br




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